Lucros do Vila Galé sobem 12% para os 100 milhões em 2023

  • Ana Petronilho
  • 29 Janeiro 2024

Com a operação em Portugal e no Brasil, o Vila Galé fecha 2023 a atingir os 100 milhões de lucros. Um resultado "muito positivo", diz Jorge Rebelo de Almeida que tem os olhos postos em Madrid.

Num ano em que o turismo bateu todos os recordes, é sem surpresa que os hoteleiros encerrem 2023 com os melhores resultados líquidos de sempre. O Vila Galé fechou as contas de 2023 a subir os lucros em 12%-13% atingindo os 100 milhões de euros de lucros, com a operação em Portugal e no Brasil, avançou Jorge Rebelo de Almeida, fundador e presidente do segundo maior grupo hoteleiro do país.

Um resultado que é “muito positivo” e que traduz o “melhor ano de sempre” diz o empresário que prevê para este ano um investimento de 50 milhões de euros em obras e requalificação das unidades hoteleiras. Em termos de receitas, no ano passado em Portugal, o grupo arrecadou 158 milhões de euros, mais 16% que em 2022. No Brasil, atingiram os 640 milhões de reais, cerca de 120 milhões de euros à atual taxa de câmbio, crescendo 42% face ao ano anterior, à boleia da performance do resort all included em Alagoas, com 522 quartos.

Com seis projetos em curso, este ano o grupo abre mais três unidades hoteleiras. Em abril, abrem as portas o Vila Galé Figueira da Foz – onde funcionava o antigo Grande Hotel da Figueira – e o Vila Galé Isla Canela, um resort com 300 quartos na zona de Huelva, que marca a estreia da rede portuguesa em Espanha. Mais tarde, no final do ano, será inaugurado o Sunset Collection no Cumbuco, com 124 quartos, três restaurantes e bares, spa, campo polidesportivo, centro náutico e clube infantil NEP com piscinas e escorregas, num investimento estimado de 80 milhões de reais (15 milhões de euros à atual taxa de câmbio).

Mas os novos projetos do Vila Galé não se ficam por aqui. Durante um almoço com jornalistas, Jorge Rebelo de Almeida revela ainda que está a estudar a entrada em Madrid lembrando que Sevilha também é uma cidade que lhe desperta interesse.

Além disso, em Miranda do Douro a rede hoteleira vai construir um hotel de 60 quartos com um investimento de de 14 milhões. “É uma grande obra e será um bom negócio com Espanha ali ao lado”, salienta o empresário.

Outra das novidades passa pela Quinta da Cardiga, na Golegã, onde o Vila Galé vai avançar com um projeto “com o máximo de 50 quartos” transformando a quinta templária numa unidade hoteleira focada em atividades ligadas a cavalos. O contrato de concessão deverá ser assinado em breve com as obras a arrancar no final do ano.

Para 2025, está prevista a abertura do Paço do Curutêlo, em Ponte de Lima, uma casa senhorial do ano 1126, semelhante a um castelo, que será restaurado e transformado numa unidade focada em enoturismo com 87 quartos. O imóvel foi comprado pelo Vila Galé em 2022 mas só este mês arrancam as obras depois de atrasos com licenciamento. O investimento ronda os 20 milhões.

Vai ainda abrir portas o Casas de Elvas com um investimento de dez milhões de euros na recuperação de um conjunto de 43 casas geminadas no centro da cidade, onde em tempos funcionava a antiga fábrica da ameixa, os antigos edifícios do Aljube Eclesiástico e do Conselho de Guerra.

No Brasil, em Cachoeira do Campo, Minas Gerais, a Vila Galé vai recuperar o espaço histórico onde funcionou o primeiro regimento de cavalaria de Portugal no Brasil em 1775 e, posteriormente, o colégio salesiano Dom Bosco. A futura unidade terá 298 quartos e conta com um investimento de 120 milhões de reais, cerca de 22,4 milhões de euros.

Em Cuba já está em funcionamento do primeiro hotel com a marca do grupo. Trata-se do resort Vila Galé Jardines del Rey com 638 quartos. A entrada em Cuba era um sonho antigo do grupo hoteleiro, que acontece depois de o Vila Galé ter vencido um concurso da Gaivota – a empresa pública de turismo que controla o desenvolvimento de hotéis no país – para a exploração das duas unidades. A partir do próximo ano, o Vila Galé vai ainda assumir a gestão de um segundo hotel em Cuba, desta vez em Havana, no edifício que é “a torre mais alta da cidade” com 594 quartos. E este é um país onde a rede hoteleira ainda pode vir a crescer tendo em conta que há projetos em análise, revelou Jorge Rebelo de Almeida.

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