Obrigatório: beber um (ou 10) cocktail(s) neste antigo quartel de bombeiros no Chiado

Neste mês de stress agravado pelo trânsito, pelas infindáveis filas nos supermercados, nas caixas de pagamento, nos embrulhos, pelos dias lotados de eventos pré e pós-Natal e por todas as razões que fazem com que Dezembro seja aquele mês que parece um ano, merecemos uma pausa fora da agenda das festas. Uma happy hour a solo, a dois, entre amigas, em grupo, como der, para brindar às coisas boas da vida. O sítio certo para o fazer? O Eighteen Sixty Eight (18.68), um novo conceito de bar dedicado à coqueteleria que fica em pleno Chiado, no lugar que antes albergava o quartel dos bombeiros do largo Barão Quintela.

As referências não podiam ser melhores. Este cocktail boutique é o terceiro espaço da dupla de bartenders Emanuel Minez e Paulo Gomes, fundadores do premiado Red Frog Speakeasy – o único bar português no top 100 dos “The World’s 50 Best Bars” – e do seu vizinho Monkey Mash. Ao know-how comprovado dos proprietários, juntou-se um espaço cheio de luz, situado numa das zonas mais trendy e cool da capital, por baixo do Bairro Alto Hotel. Um convite aos encontros a meio da tarde – o Eighteen Sixty Eight abre às 16h00 – para beber um cocktail de assinatura , petiscar qualquer coisa, e seguir para jantar. Ou ficar por aqui, a experimentar a variada carta.

O nome do bar remete para o ano de fundação da Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lisboa, neste mesmo local, e a mais antiga do país, criada por vultos da ciência, do comércio e da aristocracia numa época em que Lisboa foi acometida por vários incêndios. A decoração remete para um ambiente de inspiração tropical, em tons de verde, bordeaux e castanho, com mesas, sofás e um balcão onde se pode assistir ao trabalho dos barmen, em que a música toca agradável, convidando às boas conversas.

A carta de cocktails inclui um pouco de tudo: desde os boozeless – cocktails sem alcóol – aos Low ABV Cocktails – pensados para quem vai conduzir e não quer abusar –, passando pelos vinhos, pelos cocktais clássicos, e por uma lista única de negronis e martinis que só existem no 18.68. A Fora de Série experimentou o Bamboo, dentro do lote de baixo alcóol, uma mistura floral de Cinzano seco, Blandy’s Sercial e Flor de Sabugueiro. Seguiram-se dois diferentes martini: o Raspberry & Eldelflower e o Lychee. O primeiro, um mix original, leve e floral, de Vodka de Framboesa, Iogurte Clarificado e Flor de Sabugueiro. O segundo, aromático e também floral, junta gin Bulldog, Blandy’s Sercial e líchia. Ambos muito gulosos, a abrirem caminho para um muito tropical Negroni Coconut (Campari, Cinzano Rosso, Rum Branco e Coco), servido diretamente da garrafa, sem gelo e em taça, que fecharia a série.

No 18.68, preparam-se os cocktails previamente, engarrafam-se e põem-se a gelar. Por isso, o serviço é extremamente rápido, não há desperdício de gelo, o cocktail está em taça em menos de cinco minutos. Consoante o tempo que tivermos para dispensar, podemos optar por cocktails à unidade, um conjunto de quatro taças pequenas (o four tiny flight), ideal para experimentar diferentes sabores, ou à garrafa, de 500 ml, que podemos consumir no bar ou levar para casa.

Como a bebida pede companhia, a carta de petiscos é igualmente suculenta, recheada de sabores muito portugueses, e inclui Queijo dos Açores 9 meses de cura; Cachorrinho (uma especialidade do Porto composta por pão de baguete, salsicha de porco, linguiça, queijo, cebola e piri-piri); Tiborna de Sardinha e Anchova; Bolinhas de Caça, com alheira e maionese de trufa; ou Carpaccio de Black Angus. Juntos, cocktails e petiscos, prometem arrancar de cima de cada um de nós, o stress mais entranhado. Palavra de honra.

Eighteen Sixty Eight

Largo Barão Quintela, nº14, Lisboa (Chiado)
Aberto das 16h00 à 01h00