![Imagem de João Madeira, Pedro Santana](https://eco.imgix.net/uploads/2023/11/fuel-coo.png?w=300&auto=compress,format)
Precisamos de mais Ritas
A Rita não é só um tema de gestão ou criatividade. Entre compor umas linhas sobre o estado do mercado ou comentar uma grande campanha internacional, preferimos partilhar esta pequena recomendação.
“Pedro, temos de falar com a Rita sobre a questão da equipa.
Sim, aproveitamos e vemos já o compensation para o B1.
Também podemos perguntar-lhe o que é que acha daquela troca.
Isso. Deixa ver se pode agora.”
Todos os dias, falamos com a Rita Vieira, people director do grupo Havas, em Portugal. Os temas podem ir do mais sério ao mais trivial, mas há sempre assunto e disponibilidade para resolvê-lo.
Decidimos trazer o nome da Rita para este artigo porque consideramos que o papel dos Recursos Humanos é pouco evidenciado no nosso meio. Todas as semanas lemos artigos de diretores criativos, estrategas, diretores de marketing e diretores gerais, mas não estamos acostumados a ouvir a opinião ou a ler sobre estas figuras que, em tempos instáveis, assumem uma importância fulcral para a vida dos trabalhadores e das empresas.
A verdade é que o mundo da comunicação, em particular da publicidade, tem demorado a compreender o quão central tem de ser o papel da Rita dentro das agências.
Num mercado que passa por dificuldades de captação e retenção de talento, precisamos da Rita.
Numa altura em que gerimos modelos híbridos e trabalho remoto, precisamos da Rita.
Em tempos de instabilidade económica, em que equipas inteiras são afetadas pela inflação, pelas subidas de taxas de juros ou pela impossibilidade de encontrar uma casa, precisamos da Rita.
Precisamos da Rita como precisamos de bons redatores, diretores de arte e designers. Também precisamos de boas ideias saídas da equipa de recursos humanos, que dão origem a iniciativas que criam laços culturais fortes, aumentam a autoestima e constroem empresas para as quais nos orgulhamos de trabalhar.
Precisamos da Rita porque queremos voltar a ser o melhor lugar para se trabalhar. Podemos não conseguir competir financeiramente com outro tipo de mercados, mas talvez consigamos ser atrativos por sermos reconhecidos como lugares onde há espaço para a criatividade e inovação, em ambientes onde se promova a igualdade, equidade e diversidade.
Na Fuel, resolvemos assumir uma estrutura de dois co-CEO, mas, na verdade, com a Rita, somos três, pois a proximidade e influência que tem no nosso dia-a-dia tem essa importância. Ouve-nos e aconselha-nos em todo o tipo de decisões e traz uma visão externa, apesar de interna, para os problemas que temos em mãos, ajudando-nos a tomar decisões sustentadas.
Decidimos escrever este artigo a quatro mãos porque a Rita não é somente um tema de gestão ou de criatividade. Entre compor umas linhas sobre o estado do mercado ou comentar mais uma grande campanha internacional, preferimos partilhar esta pequena recomendação. Esperamos que todos tenham uma Rita na equipa. Se já tiverem uma, sorte a vossa.
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