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Maiores categorias de anunciantes do Twitter cortam investimento em 71%

Rafael Ascensão,

Estes dados surgem depois do próprio Elon Musk, dono da rede social, ter afirmado que a empresa perdeu cerca de metade das receitas publicitárias.

O investimento publicitário das 10 principais categorias de anunciantes do Twitter sofreu uma queda de 71% nos primeiros seis meses do ano, quando comparado com o mesmo período do ano passado, refere a MediaPost, baseando-se em dados da MediaRadar.

A maior queda registou-se no setor dos seguros (a segunda principal categoria anunciante da rede social) com um decréscimo 96%. Segue-se o investimento publicitário de empresas de tecnologia (-92%), de jogos online (-85%) e de moedas digitais (-78%).

Quanto a empresas em específico, houve as que cortaram o investimento publicitário na totalidade como a Progressive a Crypto.com ou a Pernod-Ricard, ou que ficaram muito perto disso como a Coca-Cola (-99%) e a AT&T (-96%).

Esta drástica redução no investimento publicitário por parte de categorias fulcrais, em conjunto com uma redução semelhante de alguns dos principais anunciantes, vai continuar a ser um desafio para o Twitter“, afirma Todd Krizelman, CEO da MediaRadar, citado pela MediaPost.

Segundo Krizelman, a nova CEO do Twitter, Linda Yaccarino, “provavelmente vai ajudar a recuperar alguns dólares devido à sua forte reputação. No entanto, a pressão do Threads – não apenas em termos de utilizadores mas também em termos de dinheiro de publicidade – é real e está a crescer”.

Estes dados surgem depois do próprio Elon Musk, dono da rede social, ter dito no passado sábado que a empresa, comprada por 44 mil milhões de dólares (39 mil milhões de euros) em outubro de 2022, perdeu cerca de metade das receitas publicitárias.

Ainda estamos numa situação de fluxo de caixa negativo, devido a uma queda de cerca de 50% nas receitas de publicidade e a uma pesada carga de dívida”, respondeu o bilionário no Twitter a um utilizador que estava a fazer sugestões estratégicas sobre a rede social.

Tendo em conta esta quebra de receita na ordem dos 50% é provável que o Twitter esteja a ser sustentado por anunciantes de menor dimensão, “menos sensíveis às mudanças erráticas” que Musk tem feito desde que assumiu o controlo da empresa, refere o MediaPost.

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