Media

Associação Portuguesa de Imprensa defende sete medidas de apoio aos media

Carla Borges Ferreira,

A entidade que representa 255 títulos, de 174 associados, lamenta que a proposta de OE, que será votada antes da dissolução da Assembleia da República, "não responda aos principais desafios" do setor.

Majoração em 20%, em sede de IRC, da publicidade efetuada por privados, incentivo à modernização tecnológica e inovação, literacia mediática e incentivo à subscrição de assinaturas, aumento do porte pago, criação de uma entidade de suporte ao Governo para a comunicação social, compra antecipada de publicidade e apoio ao transporte de longo curso de jornais e revistas. São estas as sete medidas que a Associação Portuguesa de Imprensa (APImprensa) elege como prioritárias no apoio à comunicação social e que “lamenta” que não façam parte das medidas propostas no Orçamento do Estado 2024.

A APImprensa esperava do Ministério da Cultura, que tutela a Comunicação Social, um conjunto de medidas que permitissem responder às ameaças que estão a asfixiar a existência de uma Imprensa livre e plural no nosso país. Nenhuma medida foi avançada”, diz em comunicado a associação que representa 255 títulos, de 174 associados, sobre a proposta do OE2024 que será votada antes da dissolução da Assembleia da República.

A falta de coragem política é um mau sinal para celebrar cinco décadas de uma Imprensa livre, sem as amarras da censura, e que mais do que nunca, numa sociedade onde o populismo e a desinformação alastram a cada dia que passa, precisa de condições para desempenhar o seu papel”, escreve a associação desde julho liderada por Cláudia Maia.

“Num momento em que a Imprensa atravessa enormes dificuldades, com a ameaça real da desinformação a provocar efeitos nefastos na produção de informação jornalística, a par de um contexto económico desfavorável, que ameaça a existência de editores e jornalistas, exigia-se do Governo agora demissionário uma preocupação acrescida com este setor, que é fundamental para a defesa da democracia em Portugal”, diz.

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