Autarca de Viana do Castelo assume presidência do Eixo Atlântico, que une Norte e Galiza

Luís Nobre substitui Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, na liderança do Eixo Atlântico. Após a adesão de Fafe, passa a ser constituído por 42 municípios do Norte de Portugal e da Galiza.

O presidente de Viana do Castelo, Luís Nobre, foi eleito presidente do Eixo Atlântico, que junta o Norte de Portugal e a Galiza. A votação aconteceu durante a assembleia geral realizada esta quinta-feira, em Vila Nova de Famalicão, em que foi aprovada a adesão do município de Fafe e também o orçamento de 4,8 milhões de euros para 2024.

Após quatro anos com a liderança entregue a Ricardo Rio, autarca de Braga, Luís Nobre passa a liderar esta associação constituída por 42 municípios e que “representa uma das eurorregiões mais dinâmicas e com maior fluxo de pessoas e bens de toda a Península Ibérica e uma das maiores da Europa”, com afinidade em áreas como a língua ou as trocas comerciais.

“Mas existem ainda muitos desafios pelo caminho. As disparidades económicas — a Galiza é mais rica e exporta mais 460 milhões de euros do que o Norte de Portugal –, as assimetrias territoriais, a diferença entre a distribuição de fundos europeus e uma economia mais pujante do lado galego obrigam a uma estratégia de governança que permita a aproximação entre os dois lados da fronteira”, frisa o novo presidente.

As disparidades económicas, as assimetrias territoriais, a diferença entre a distribuição de fundos europeus e uma economia mais pujante do lado galego obrigam a uma estratégia de governança que permita a aproximação entre os dois lados da fronteira.

Luís Nobre

Presidente do Eixo Atlântico

No discurso transmitido esta manhã depois da eleição, Luís Nobre disse ainda acreditar que com “políticas comuns que não descuram estas disparidades”, a organização poderá “contribuir para uma maior coesão deste território, tornando-se mais resiliente, mais reivindicativo, mais coeso e mais próximo das pessoas, das empresas, das instituições, do turismo e da mobilidade”.

Em comunicado, o organismo destaca que foram cumpridos todos os objetivos do programa de 2023, apesar de o duplo processo eleitoral em Espanha – as eleições municipais que estavam previstas e a antecipação das eleições gerais no país — e a demissão do Governo liderado por António Costa deste lado da fronteira terem “[condicionado] o quadro político em que se movem as ações do Eixo Atlântico”.

Xoán Vázquez Mao, secretário-geral, contabiliza que só este ano já foram aprovadas sete candidaturas a fundos europeus, o que “garante não só uma boa gestão do programa, como um bom nível de saúde financeira”. “O Eixo Atlântico fortalece-se a cada dia, algo que vamos utilizar ao serviço daquelas questões que a nova Comissão Executiva, presidida pelo presidente de Viana do Castelo e vice presidida pelo presidente de O Barco de Valdeorras, fixou os objetivos principais com base em três grandes eixos: económico, social e sustentabilidade urbana”.

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