Algarve quer tornar-se num dos principais polos mundiais no setor das algas
GreenCoLab, localizado na Universidade do Algarve, poderá mudar-se para as antigas instalações da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve. Um investimento de um milhão financiado pelo PRR.
O GreenCoLab, laboratório colaborativo dedicado ao setor das algas, recebeu o parecer favorável da Estamo – Participações Imobiliárias para recuperar as instalações desativadas do laboratório de apoio à produção animal, gerido pela antiga Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP), localizadas no Patacão em Faro. Atualmente, o GreenCoLab está localizado no Campus de Gambelas na Universidade do Algarve.
“O espaço na Universidade do Algarve é muito disputado e estamos com alguns constrangimentos de espaço (…) Surgiu a oportunidade de ocuparmos o edifício do antigo laboratório da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, que estão desativados há alguns anos e a ficar progressivamente obsoletos“, explica fonte oficial da GreenCoLab, em declarações ao ECO/Local Online.
Surgiu a oportunidade de ocuparmos o edifício do antigo laboratório da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, que estão desativados há alguns anos e a ficar progressivamente obsoletos.
Em comunicado, a CCDR Algarve afirma que, “no imediato, esta solução permitirá desbloquear investimentos superiores a um milhão de euros, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que serão repartidos entre a reabilitação do edifício e a instalação de duas unidades no âmbito do pacto da BioEconomia Azul”.
Fonte oficial da GreenCoLab avança que só estão à espera de uma “aprovação formal” para conseguirem “contratualizar a mudança”. Um dos objetivos passa por instalar na “nova casa” os dois demonstradores que estão previstos no pacto da BioEconomia Azul, financiada pelo PRR. Depois da aprovação, a organização privada avança que as obras podem demorar três meses.
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve sublinha que o projeto tem como ambição “tornar o Algarve um dos principais polos mundiais de conhecimento do setor das algas e na criação de conhecimento e produtos de elevado valor acrescentado para aplicação nas áreas da produção agrícola, entre outras”.
A GreenCoLab afirma ao ECO/Local Online que o a biotecnologia das algas “está em franco crescimento” e que será uma “alternativa às fontes de proteína animal”. As algas são responsáveis por cerca de 75% da produção mundial de oxigénio, crescem mais rápido e requerem menos espaço em comparação com culturas tradicionais e são um dos organismos fotossintéticos mais antigos da Terra, lê-se no site do GreenColab.
Fundado em 2018, o GreenColab “é um dos primeiros e mais dinâmicos laboratórios colaborativos nacionais e junta as grandes valências do nosso tecido académico, com o know how das maiores empresas nacionais a operar no novo e crescente setor da produção e valorização de algas”.
O GreenCoLab é uma organização privada sem fins lucrativos, emprega diretamente 34 colaboradores qualificados, e assume-se como uma plataforma colaborativa entre a investigação e a indústria, cuja agenda de investigação e inovação se baseia na exploração de macro e microalgas como componente essencial para diferentes indústrias. Atualmente, o GreenCoLab conta com dez associados, entre os quais dois centros de investigação (CCMAR e CIIMAR), a Universidade de Aveiro, o Laboratório Nacional de Energia e Geologia e seis empresas (Necton, ALGAplus, Allmicroalgae, Sparos, Iberagar, Gopsis).
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