PCP avança com moção de rejeição ao Governo de Montenegro

O secretário-geral comunista, Paulo Raimundo, afirmou que usará "todos os meios ao seu dispor para o combate da direita" e indicou que aceitou reunir-se com Bloco de Esquerda.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, afirmou, esta quarta-feira, que o partido usará “todos os meios ao seu dispor para o combate da direita”, indicando que “a moção de rejeição” ao Governo da AD, de Luís Montenegro, “é um dos instrumentos ao nosso dispor”. No final da reunião do comité central, o líder comunista revelou ainda que aceitou o repto do Bloco e vai participar na reunião com bloquistas.

“Face à previsível formação do Governo pelo PSD e para lá das discordâncias de outros, o PCP reafirma, em coerência com o que sempre afirmou, que dará, desde o primeiro minuto, combate à política de direita e aos projetos reacionários que se procuram afirmar e vai fazê-lo utilizando todos os meios ao seu dispor para este combate. Não será pelo PCP que o projeto de direita será implementado no nosso país”, declarou.

Questionado se tenciona apresentar uma moção de rejeição ao Executivo da AD, Raimundo reiterou que o partido dará “um sinal forte de combate à política de direita”. “Nesse sentido, utilizaremos todos os instrumentos e a moção de rejeição é um instrumento ao nosso dispor”, vincou.

O líder do PCP revelou ainda que aceitou o desafio lançado pela coordenadora do BE, Mariana Mortágua. “Fomos convidados para uma reunião, na qual participaremos. Vamos estar presentes”, indicou.

O BE pediu na terça-feira reuniões ao PS, PCP, Livre e PAN para analisar os resultados das eleições que “mudaram a face política do país” e debater convergências “na oposição ao Governo da direita” e na construção de uma alternativa.

Paulo Raimundo aproveitou ainda a conferência de imprensa que se seguiu à reunião do comité central para dar umas alfinetadas aos socialistas, culpando a maioria absoluta de António Costa pela ascensão da extrema-direita.

O PS não pode ser desresponsabilizado. Com uma maioria absoluta não respondeu aos problemas centrais da vida e fez aumentar a justa indignação e o sentimento de injustiça. O PS optou por responder aos interesses dos grupos económicos e não desperdiçou nenhuma oportunidade para alimentar e se alimentar das forças mais reacionárias. Os resultados das opções do PS estão à vista”, atirou.

O secretário-geral do PCP elencou depois as prioridades do partido para os primeiros meses de trabalho parlamentar. “O PCP tomara tomará a iniciativa pelo aumento geral dos salários, garantir que em 2024 nenhum trabalhador ganhe menos de 1.000 euros, pelo aumento extraordinários das reformas e pensões, respeitar, valorizar e fixar os profissionais de saúde, repor o tempo de serviço dos professores e por fim a precariedade nas escolas, fixar os preços de bens essenciais, baixar o IVA da eletricidades, das telecomunicações e do gás, avançar com um travão ao aumento das rendas e por os lucros da banca a suportar o aumento das taxas de juro, combater as privatizações, a corrupção e as injustiças para defender e fazer cumprir a Constituição.

(Notícia atualizada às 12h17)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

PCP avança com moção de rejeição ao Governo de Montenegro

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião