Empresários de Macau procuram produtos alimentares na Ovibeja
Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau pretende introduzir no mercado chinês mais "produtos alimentares e vinho de elevada qualidade" vindos dos países lusófonos.
Empresários de Macau vão participar na feira agropecuária portuguesa Ovibeja em busca de mais produtos alimentares de qualidade para introduzir na China, disse o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM).
O IPIM vai organizar uma delegação empresarial para participar na Ovibeja, entre 30 de abril e 05 de maio, e ajudar Macau a reforçar o papel de “centro de distribuição alimentar dos países de língua portuguesa” para toda a China, referiu o departamento do Governo de Macau num comunicado divulgado na quarta-feira.
O instituto pretende introduzir no mercado chinês mais “produtos alimentares e vinho de elevada qualidade” vindos dos países lusófonos, assim como ajudar as empresas de Macau a explorar oportunidades de cooperação no estrangeiro.
A 40.ª edição da Ovibeja, organizada pela ACOS — Associação de Agricultores de Portugal, vai ter lugar como habitualmente no Parque de Feiras e Exposições Manuel de Castro e Brito, em Beja.
O IPIM disse ainda que, após a Ovibeja, a delegação vai participar também, entre 13 e 16 de maio, no APAS Show, na cidade de São Paulo, sudeste do Brasil, descrita pela organização como “a maior feira do mundo” para supermercados.
O instituto sublinhou que em 2023 ajudou 161 companhias e empresários da China e dos países lusófonos, incluindo empresas portuguesas que queriam expandir negócios em Macau e empresas da região chinesa interessadas em comprar carne no Brasil.
Na quarta-feira, o IPIM e a Câmara Internacional de Negócios do Brasil promoveram em Macau uma sessão de negócios para fomentar a cooperação entre produtores brasileiros de café e sete empresas de torrefação de café da região chinesa.
As exportações de mercadorias dos países de língua portuguesa para a China atingiram 147,5 mil milhões de dólares (136,1 mil milhões de euros) no ano passado, num novo recorde histórico, de acordo com dados oficiais.
Este é o valor mais elevado desde que o Fórum Permanente para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) começou a apresentar este tipo de dados dos Serviços de Alfândega da China, em 2013.
As exportações aumentaram 6,2% em comparação com 2022, sobretudo devido ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas subiram 11,9%, para 122,4 mil milhões de dólares (112,9 mil milhões de euros), um novo máximo histórico.
Já as vendas de mercadorias de Portugal para a China decresceram 4,1% para 2,91 mil milhões de dólares (2,69 mil milhões de euros).
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