CCDR-Norte e câmara de Valença avançam com plano de conservação da Fortaleza
Será constituída uma comissão de acompanhamento do projeto para criar um sistema de monitorização e antecipação de danos que mitigue fatores de risco, como a derrocada que ocorreu em janeiro.
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e a Câmara Municipal de Valença vão avançar com a conservação, restauro e valorização da Fortaleza de Valença, considerada o ex-líbris e cartão-de-visita desta cidade do distrito de Viana do Castelo. E que está em fase de candidatura a Património da Humanidade pela Unesco.
Este acordo prevê a constituição de uma comissão de acompanhamento do projeto, formada pela autarquia e pela unidade de cultura da CCDR-N, que vai criar um sistema de monitorização e antecipação de danos de modo a mitigar fatores de risco. Classificada como monumento nacional desde 14 de março de 1928, esta muralha sofreu uma derrocada no início de janeiro deste ano devido ao mau tempo.
Na ocasião a anterior ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, referiu que deveria ser o município a fazer a intervenção no monumento. Mas o presidente da autarquia, José Manuel Carpinteira, alegou não ter capacidade financeira” para o fazer, apelando à “solidariedade” da parte do Governo para ajudar na recuperação da muralha.
Valença espera ver reforçada a cooperação técnica com a CCDR-N, através de várias ações, como as vistorias, os diagnósticos, os relatórios e estudos, a colaboração na definição de programas e estudos prévios de conservação, o restauro e valorização.
Entretanto, o concurso para a recuperação do pano de muralha da Fortaleza que ruiu já foi lançado, há alguns meses, por um preço base de 1,6 milhões de euros. A empreitada aguarda apenas a aprovação do Tribunal de Contas para avançar, segundo o município do Alto Minho.
O acordo, agora assinado entre as duas entidades, é o “primeiro protocolo de colaboração técnica para a salvaguarda de património classificado celebrado pela CCDR-N desde a integração das novas competências na área da cultura“, avança num comunicado enviado às redações. A sessão contou com a participação do presidente da CCDR-N, António Cunha, do autarca de Valença, e de Jorge Sobrado, vice-presidente da CCDR-N, com responsabilidades na área da cultura e património.
“Com este protocolo de intenções, Valença espera ver reforçada a cooperação técnica com a CCDR-N, através de várias ações, como as vistorias, os diagnósticos, os relatórios e estudos, a colaboração na definição de programas e estudos prévios de conservação, o restauro e valorização”, refere o edil José Manuel Carpinteira.
Em causa está também a identificação de possíveis fontes de financiamentos públicos para as obras de restauro e conservação do imóvel, concluiu o município na mesma nota.
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