Marca Portugal tem objetivo de “fazer sonhar” e tem de ser tema de todos os stakeholders, defende Pedro Reis
A ideia foi defendida pelo ministro da Economia no 3º Congresso das Marcas, organizado pela Centromarca – Associação Portuguesa de Empresas de Produto de Marca.
A marca Portugal tem o objetivo de “fazer sonhar” e de ser aspiracional, disse Pedro Reis, ministro da Economia, no 3º Congresso das Marcas, organizado pela Centromarca, defendendo que este tem de ser um tema de todos os stakeholders.
“O objetivo último da marca Portugal é, com verdade e consistência, fazer sonhar, ser aspiracionais. Isso é importante para o país, num momento em que passámos longos anos difíceis e exigentes, portanto é preciso agora agarramos a positividade da marca Portugal“, afirmou.
E este, no entender do ministro da Economia, é um tema que não pode ser exclusivo da Associação Portuguesa de Empresas de Produto de Marca ou do Governo, mas que tem antes de ser de todos os stakeholders.
“Ou isto é um movimento que se gera em Portugal ou então é apenas mais um exercício. Se for mais um exercício, o tempo consumi-lo-á. Se for um movimento é uma ferramenta potente de lançamento e de captação de talento, por exemplo, mas também uma forma de ativar os nossos ativos adormecidos, logo a começar pelo mar, mas também a diáspora, o nosso capital verde e o capital ético“, afirmou.
Encarando a marca como um património, Pedro Reis disse que num mundo cada vez mais digitalizado e intangível, a questão “não está tanto no desafio de racionalizar a importância da marca” – até porque “é daquelas situações que é totalmente valor acrescentado” – mas “o desafio está certamente na sua construção, quando da globalização vem muito ruído, muita concorrência nem sempre leal e muito comércio ilícito“.
No entender de Pedro Reis, a questão da construção da marca Portugal é também um tema “muitas vezes de atitude”, pelo que “é essencial ligar o valor real com o valor percebido”.
“Temos de ter dinâmica na marca, para acompanhar o mundo de hoje e, por outro lado, a marca precisa de alguma estabilidade, se não não a deixamos respirar e afirmar. Por um lado temos de tirar partido da sua componente mais tradicional – com os ingredientes que fazem a perceção de Portugal e da nossa economia – mas por outro lado também temos que acima de tudo evidenciar o nosso caráter inovador”, referiu.
“Se nós acreditamos que a marca é a chave de todo um posicionamento da economia – e é – se queremos construir foco e um argumentário sustentável, então temos de encontrar uma estratégia transformacional nessa matéria, até porque no dia em que nós o conseguirmos certamente teremos capacidade para haver uma dinamização própria e essa será a chave da internacionalização“, disse também Pedro Reis.
Na opinião de Pedro Reis é também importante perceber quem podem ser os embaixadores da marca Portugal, sendo que “nem sempre são os nomes mais evidentes ou consolidados”. “Se queremos ser um país que se quer afirmar pela inovação, temos de surpreender”, disse.
Em relação às marcas portuguesas o “fundamental” é perceber como ativar uma “agenda de marcas cruzadas”, considera Pedro Reis. “Ou seja, como é que podemos fazer o reforço das marcas por recomendação, uma contaminação positiva, sem haver anulação de cada uma das marcas. Depois como é que convocamos todo o ecossistema do design, das indústrias criativas, dos conteúdos. Não encarar isto como uma disciplina lateral da nossa estratégia, mas sim como uma vertente estratégia do nosso posicionamento”, explicou.
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