Odemira é o único município em que as famílias tiveram um corte dos seus rendimentos
Dados do INE revelam que os rendimentos das famílias aumentaram 5,4% em 2022. Oeiras lidera com 15.190 euros, enquanto Odemira foi o único dos 308 municípios a registar uma quebra.
Os rendimentos da generalidade das famílias continuam a aumentar. Segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor mediano do rendimento líquido por pessoa foi de 10.679 euros em 2022, mais 5,4% relativamente ao ano anterior.
Os dados do INE mostram também que todos os municípios, à exceção de Odemira, registaram um crescimento dos rendimentos declarados. “Todos os municípios, com exceção de Odemira (que registou uma quebra de 0,6%) aumentaram o valor mediano do rendimento líquido por pessoa, sendo que em 228 dos municípios aquele aumento foi superior ao do país“, lê-se nas estatísticas do rendimento ao nível local relativas a 2022.
O retrato municipal do valor mediano do rendimento líquido por pessoa evidenciou 70 municípios (mais um do que em 2021) com valores acima da referência nacional, com destaque para Oeiras que voltou a ser o município com rendimentos declarados mais elevados do país (15.190 euros), seguido de Lisboa (13.809 euros), Alcochete (12.874 euros), Cascais (12.843 euros) e Coimbra (12.557 euros).
Por sub-regiões, a Grande Lisboa (12.366 euros), a Península de Setúbal (11.741 euros), a Região de Coimbra (10. 881 euros), a Região de Leiria (10.859 euros), o Alentejo Central (10.804 euros), a Região de Aveiro (10.789 euros) e as regiões autónomas dos Açores (10.776 euros) e da Madeira (10.763 euros) registaram os rendimentos medianos mais elevados, superiores à média nacional.
Por outro lado, as sub-regiões do Alto Tâmega e Barroso (8.859 euros) e do Tâmega e Sousa (9.195 euros) apresentaram os rendimentos medianos mais baixos, com cada pessoa a auferir, em média, menos de 9.500 euros líquidos por ano.
A análise estatística indica ainda que, em 2022, o rácio P80/P20 do rendimento, um indicador que traduz o número de vezes que o rendimento do sujeito passivo situado no percentil 80 é superior ao rendimento do sujeito passivo do percentil 20, “era 2,8 em Portugal (o mesmo valor que em 2021) com 29 municípios apresentaram um valor superior a este referencial.
Com maior disparidade, destaca-se Oeiras (o município com o valor mediano de rendimento líquido mais elevado do país) e com o rácio P80/P20 de 3,1 observando-se o menor rácio em Vizela (2,0).
No plano da disparidade de rendimentos, os dados do INE indicam que, em 2022, o coeficiente de Gini do rendimento líquido por pessoa era de 35,7% em Portugal, uma redução relativamente aos 36,1% de 2021.
Em 32 municípios, a desigualdade na distribuição do rendimento foi superior à do país, destacando-se os municípios de Lisboa (42,5%), Vila do Porto (42,0%), Porto (41,8%), Lagoa (40,8%) e Cascais (40,3%). Entre 2021 e 2022, 239 municípios apresentaram uma redução da assimetria do rendimento líquido por pessoa, tendo o município de Campo Maior registado a maior redução (-3,2 pontos percentuais).
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