Carla Vale e gestor Luís Osório propostos para gestão da Transportes Metropolitanos do Porto
Carla Vale e Luís Osório constam da proposta que será votada na reunião desta sexta-feira do Conselho Metropolitano do Porto, que formalizará Marco Martins como responsável máximo da empresa.
A socióloga Carla Vale e o gestor Luís Osório são os nomes propostos para a administração da nova empresa Transportes Metropolitanos do Porto, que será presidida pelo atual autarca de Gondomar Marco Martins, consultou a Lusa.
De acordo com documentos a que a Lusa teve acesso, os nomes de Carla Vale e Luís Osório constam da proposta que será votada na reunião desta sexta-feira do Conselho Metropolitano do Porto, que formalizará Marco Martins como responsável máximo da empresa.
O autarca de Gondomar (PS) deverá assumir funções a tempo inteiro em janeiro na nova empresa, que irá gerir os contratos da rede Unir, a bilhética do Andante e terá as atuais competências da AMP em termos de mobilidade.
Carla Vale é a atual delegada regional do Norte do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e membro do secretariado distrital do PS, e Luís Osório é administrador da Casa da Música, nomeado pela câmara do Porto e pela Área Metropolitana do Porto (AMP), tendo sido deputado municipal do PSD.
Na estrutura da empresa, segundo os documentos a que a Lusa teve acesso, está ainda previsto que o presidente da mesa da assembleia-geral seja indicado pelo município do Porto, que o vice-presidente seja indicado pela AMP (no caso, será a primeira-secretária da Comissão Executiva, Ariana Pinho).
Já o secretário da mesa da assembleia-geral será indicado pela Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), alternando a meio do mandato com uma indicação pela Metro do Porto.
O presidente da câmara de Gondomar assumirá, assim, as funções a tempo inteiro a partir de janeiro, sendo que até ao final do ano será criada uma comissão instaladora da empresa, também liderada por Marco Martins.
Marco Martins assumiu a Câmara de Gondomar em 2013 e está atualmente no último mandato à frente da autarquia, não se podendo recandidatar a um próximo.
A criação da empresa metropolitana de transportes tem estado em discussão na AMP pelo menos desde 2020, defendida então pelo presidente Eduardo Vítor Rodrigues, mas só foi aprovada em novembro de 2023, um mês antes da entrada em operação da rede Unir.
Em abril deste ano, o Tribunal de Contas aprovou a constituição da sociedade da empresa metropolitana de transportes e mobilidade — Transportes Metropolitanos do Porto (TMP).
A nova empresa de transportes da AMP, liderada por Eduardo Vítor Rodrigues, deverá contar com cerca de 60 trabalhadores, dos quais três administradores, de acordo com um estudo económico-financeiro a que a Lusa teve acesso.
A empresa deverá integrar as valências do TIP – Transportes Intermodais do Porto, o agrupamento complementar de empresas (ACE) que gere o sistema Andante (participado em igual percentagem – 33,3% – pela CP, Metro do Porto e STCP), e as competências da AMP em termos de mobilidade e transportes.
A constituição da TMP vai ainda implicar a criação de dois órgãos consultivos: o Conselho de Mobilidade Metropolitana e o Conselho Consultivo das Tecnologias para a Mobilidade.
O capital social da empresa será de dois milhões de euros, repartidos pelos 17 municípios da AMP.
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