Subscrições de streaming estabilizam na Europa. Limitação de conteúdo é o que mais motiva cancelamentos
Entre os consumidores europeus que planeiam cancelar as suas subscrições, a principal justificação passa pela falta de conteúdo apelativo.
As subscrições de serviços de streaming de vídeo estão a estabilizar na Europa. Com uma taxa de adoção de 70% e uma média de 1,5 subscrições por pessoa, a subscrição de serviços de vídeo mantém-se relevante, mas tem registado um crescimento cada vez mais moderado.
Comparando com o ano passado, há menos consumidores com probabilidade de adicionarem assinaturas — tendo passado de 30%, em 2023, para 27%, este ano –, e a percentagem de subscritores que planeiam cancelar serviços passou de 14% para 8%.
As conclusões são do estudo “Global Consumer Survey 2024: Media and Entertainment“, da Oliver Wyman, que inquiriu mais de sete mil consumidores em Espanha, França, Itália, Alemanha e Reino Unido.
Segundo o estudo, França e Alemanha são os países com taxas de adoção mais baixas, com 65% e 67%, respetivamente. Nestes dois mercados, cerca de 33% dos utilizadores não subscreve qualquer tipo de serviço de streaming de vídeo, “o que indica potencial de crescimento e de aquisição de novos clientes”.
Já Espanha, Reino Unido e Itália apresentam as taxas de subscrição de vídeo mais altas, com 73% dos consumidores a subscrever pelo menos uma plataforma de streaming de vídeo. “Apesar da estabilização geral das subscrições em toda a Europa, Espanha aparece como o país com maior potencial de crescimento, já que 33% dos consumidores espanhóis se mostram predispostos a, durante o próximo ano, aumentar o número de serviços de vídeo que subscrevem”, lê-se em nota de imprensa de divulgação do estudo.
O estudo destaca ainda os “super-utilizadores” — ou seja, aqueles que possuem mais de três subscrições — em particular na Espanha e no Reino Unido, uma vez que são aqueles que demonstram maior intenção de adicionar novas subscrições de serviços de vídeo nos próximos 12 meses.
Entre os 8% de consumidores europeus que planeiam cancelar as suas subscrições, a principal justificação apontada para os cancelamentos passa pela falta de conteúdo apelativo. Na verdade, cerca de 55% dos europeus que consideram o cancelamento nos próximos 12 meses indicam a “limitação de conteúdo” como a principal razão.
Segue-se o aumento dos preços (35%), o terem demasiadas subscrições (6%) e uma experiência de utilizador complicada (4%).
Em todos os cinco países analisados, os filmes, as séries, o desporto e as notícias são, por esta ordem, o tipo de conteúdos mais vistos pelos utilizadores nos seus serviços de streaming de vídeo.
O estudo destaca ainda os serviços de streaming de música enquanto o segundo tipo de assinatura mais popular, com vários consumidores (31%) a mostrarem uma predisposição para pagar mais por um serviço conjunto (vídeo + música). Esta tendência reforça a importância das subscrições de áudio no panorama do entretenimento digital, que estão acima das subscrições de jogos, refere o estudo.
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