Autarca de Almada retira pelouros ao vereador do PSD. Diz haver “quebra de confiança”
Executivo de Inês de Medeiros aponta "quebra de confiança e do compromisso de governabilidade, exigida aos titulares de poderes delegados no Executivo" para retirar pelouros ao vereador do PSD.
A presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, vai retirar o poder executivo e o pelouro ao vereador do PSD, Nuno Matias, depois de os social-democratas terem votado contra o orçamento para 2025 na Assembleia Municipal, anunciou esta sexta-feira a autarquia socialista. A decisão tem efeitos a partir de 3 de fevereiro deste ano.
“A presidente da Câmara Municipal de Almada decidiu proceder à avocação das competências dos poderes e dos pelouros anteriormente delegados ao vereador eleito pelo PSD, Nuno Matias, a partir do próximo dia 3 de fevereiro, tendo em vista assegurar uma gestão municipal coerente e alinhada com as prioridades estratégicas aprovadas pela maioria dos órgãos autárquicos competentes”, começa por afirmar a autarquia num comunicado.
O município justifica a medida com o facto de o PSD ter votado “contra a proposta de orçamento municipal para 2025 na reunião da Assembleia Municipal do dia 20 de dezembro, apesar de o seu vereador ter viabilizado a mesma proposta em reunião de câmara, em 25 de novembro”.
A presidente da Câmara Municipal de Almada decidiu proceder à avocação das competências dos poderes e dos pelouros anteriormente delegados ao vereador eleito pelo PSD, Nuno Matias, a partir do próximo dia 3 de fevereiro.
A autarquia ressalva, contudo, não se tratar de “uma penalização de caráter pessoal, mas decorrer da alteração de posição manifestada pelo PSD, a qual resultou numa quebra de confiança e do compromisso de governabilidade, exigida aos titulares de poderes delegados no Executivo municipal”.
Agradece o trabalho desenvolvido pelo vereador Nuno Matias, em funções delegadas desde 2017. Neste mandato assumia os pelouros dos Espaços Verdes, Turismo, Mercados, Comércio e Controlo Orçamental.
O executivo socialista vai iniciar uma nova ronda negocial para discutir a proposta de orçamento municipal para 2025, por forma a assegurar a estabilidade e a concretização dos compromissos assumidos anteriormente, nomeadamente no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência”.
A proposta de orçamento para 2025, no valor de 182,3 milhões de euros, foi rejeitada na Assembleia Municipal com os votos contra do PSD, da CDU, do Bloco de Esquerda, do CDS-PP e do Chega.
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