Governo reforça segurança em territórios florestais com 2,1 milhões de euros
Governo aprova 14 projetos que se candidataram ao Condomínio de Aldeia para proteger aldeias e prevenir incêndios rurais.
Castanheira de Pera, Fundão, Celorico de Basto, Pedrógão Grande e Baião são alguns dos municípios que viram, esta segunda-feira, reforçada a proteção das suas aldeias, situadas em territórios florestais, com um total de 2,1 milhões de euros. Esta verba visa a gestão sustentável da paisagem e a prevenção de incêndios, no âmbito do programa Condomínio de Aldeia.
O anúncio foi feito esta segunda-feira pelos ministérios do Ambiente e Energia, e da Agricultura e Pescas, num comunicado conjunto. Tutelado pelo Ministério do Ambiente e da Energia, o Fundo Ambiental aprovou, assim, 14 projetos que se candidataram ao Condomínio de Aldeia – Programa Integrado de Apoio às Aldeias Localizadas em Territórios de Floresta, que é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). E que visa proteger aldeias e prevenir incêndios rurais.
Ao todo, foram submetidas 48 candidaturas a um financiamento total de 2.156.625,32 euros, indicam os ministérios do Ambiente e Energia, e da Agricultura e Pescas. Este programa visa, explicam, “transformar as áreas envolventes das aldeias, promovendo soluções como a reconversão de matos e florestas para usos agrícolas ou silvopastoris, fortalecendo a biodiversidade e garantindo comunidades mais seguras e resilientes”.
Este investimento [cerca de 2,1 milhões de euros] reflete o compromisso do Governo com a valorização dos territórios rurais e com a adaptação às alterações climáticas.
Entre as candidaturas aprovadas estão as das autarquias de Castanheira de Pera (526.120 euros), Fundão (496.610 euros), Celorico de Basto (192.615 euros), Pedrógão Grande (164.540 euros) e Baião (113.982 euros).
Receberam igualmente luz verde as candidaturas das Juntas de Freguesia de Campelo (194.114 euros), em Baião; Leomil (101.156 euros), em Moimenta da Beira; Vila Cova à Coelheira (95.833 euros) e Pendilhe (45.448 euros), em Vila Nova de Paiva; e Queiriz (80.983 euros), em Fornos de Algodres.
Beneficiam ainda deste programa as candidaturas das uniões de freguesia de Santa Ovaia e Vila Pouca da Beira (91.519 euros), em Oliveira do Hospital; Torre do Terrenho, Sebadelhe da Serra e Terrenho (82.009 euros), em Trancoso; Freches e Torres (66.304 euros); e Pinheiro e Vale de Figueira, Santarém (47.427 euros).
A ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, considerou que este reforço de verbas “é um passo essencial para a segurança e sustentabilidade” das aldeias portuguesas, destacando que “este investimento [cerca de 2,1 milhões de euros] reflete o compromisso do Governo com a valorização dos territórios rurais e com a adaptação às alterações climáticas”.
Trabalhamos para um desenvolvimento rural vibrante onde as pessoas se sintam seguras.
“Ao apoiar a gestão ativa da paisagem, estamos a reduzir o risco de incêndios e a contribuir para a preservação do património natural e cultural das comunidades locais”, assinalou a ministra. Entre os dias 15 e 20 de setembro de 2025, as chamas causaram a morte de nove pessoas e ferimentos em 170, e consumiram cerca de 135.000 hectares de floresta no Norte e Centro de país.
Já o ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, realçou, por sua vez, que o Governo pretende “potenciar a riqueza dos territórios rurais, as mais-valias que geram, as tradições, a paisagem, os produtos únicos e de sabor inigualável”.
Citado na mesma nota, José Manuel Fernandes salientou que o Governo trabalha “para um desenvolvimento rural vibrante onde as pessoas se sintam seguras”.
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