Lucros da Media Capital cresceram nove milhões em ano de liderança de audiências
Os lucros da Media Capital aumentaram em ano de liderança de audiências. As receitas com publicidade cresceram 7%, atingindo os 105,5 milhões de euros.
A dona da TVI e da Plural fechou o último ano com um resultado líquido de 9,26 milhões de euros, um aumento de cerca de nove milhões face aos 319 mil euros de lucro registados em 2023.
Os rendimentos operacionais da Media Capital cresceram 17% para os 176,9 milhões, com o grupo liderado por Pedro Morais Leitão a destacar um crescimento de 7% ao nível das receitas publicitárias, atingindo os 105,5 milhões, “devido ao aumento do investimento publicitário, tanto nos canais generalistas como nos canais temáticos”.
“Apesar do crescimento da atividade, os gastos operacionais ajustados mantiveram-se controlados, atingindo 152,5 milhões de euros. Assim, o EBITDA ajustado alcançou os 24,4 milhões, um aumento de 14 milhões face a 2023, resultando numa margem de EBITDA ajustado de 13,8%”, escreve o grupo no comunicado enviado na tarde desta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Estes gastos operacionais excluídos de amortizações, depreciações, provisões e reestruturações evidenciam um aumento de 9% face ao período homólogo, “resultado do investimento associado ao lançamento de um novo canal (V+TVI), assim como do investimento na qualidade e inovação da produção audiovisual, que permitiram ao grupo tornar-se parceiro de referência da Prime Video para Portugal”, acrescenta.
Já a dívida líquida “manteve-se dentro das expectativas” da Media Capital, que terminou o ano com um endividamento líquido de 29,3 milhões de euros, num aumento de 8,9 milhões. O investimento, por sua vez, cifrou-se em 9,1 milhões de euros, “resultado da estratégia de modernização e inovação que o grupo tem vindo a concretizar”.
A Media Capital destaca ainda que a TVI, o seu canal free to air, terminou 2024 na liderança da televisão em Portugal, tendo ocupado a primeira posição em dez dos doze meses do ano. A estação somou um share de 15,1%, superando os 14,3% e os 10,9% conquistados pelos dois concorrentes da televisão generalista nacional.
No ano passado, o grupo distribuiu pelos acionistas dividendos no montante aproximado de 10,6 milhões de euros, dos quais 3,5 milhões foram aprovados em 2023.
Também em 2024, recorde-se, a Media Capital recebeu dez milhões de euros do acionista da Nowo, como indemnização por este ter cancelado a venda da operadora.
Apesar de o ano de 2024 ter “consolidado a posição do Grupo Media Capital no panorama audiovisual”, o grupo refere que não se pode ignorar que “o mercado de media se encontra em constante mutação”. “Seja pela diversidade de oferta de streaming e conteúdos on demand, pela pressão de novos operadores no mercado ou pela exigência do público, a capacidade de adaptação a novas formas de consumo será determinante para o crescimento do Grupo Media Capital nos próximos anos“, aponta.
Como objetivos internos, o grupo aponta a manutenção da liderança da TVI, o crescimento do V+ TVI, o investimento em mais coproduções no segmento de produção e a impulsão de novas práticas no digital.
“Em 2025, começaremos a recolher os frutos das mudanças estruturais que temos vindo a implementar”, onde se inclui a transição para uma frota de serviço elétrica, assim como a mudança da Plural para a nova sede do Grupo, batizada de “Media City”, em 2026, ao que se seguirá a mudança da própria TVI.
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