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Representantes europeus admitem que desinformação é problema cada vez mais presente

Lusa,

Os representantes europeus consideram que a escola tem um um papel relevante a desempenhar no combate à desinformação e que a inteligência artificial (IA) também pode ajudar nesse combate.

Representantes europeus defenderam esta quinta-feira que a desinformação é um problema cada vez mais presente na sociedade europeia, sendo apenas uma parte visível de grandes campanhas, vindas, por exemplo, da Rússia e da China.

O presidente do Conselho Económico e Social português (CES), Luís Pais Antunes, referiu na conferência “Os Cidadãos Podem Derrotar a Desinformação”, que “a informação é uma essência precisa da democracia e do quotidiano”, sobretudo num mundo complexo, “onde além da informação, a desinformação se está a tornar num elemento omnipresente nas nossas vidas“.

Já a representante da Comissão Europeia em Portugal, Sofia Moreira de Sousa, levantou a questão: “O que é que cada um pode fazer para lutar contra um fenómeno que tem crescido cada vez mais nos últimos anos?”.

Para esta responsável, em causa está a confiança dos cidadãos nas instituições europeias, sendo que para responder à questão, Sofia Moreira de Sousa, destaca que combater a desinformação é uma tarefa contínua que todos têm de cumprir, tendo a escola um papel relevante no desenvolvimento do pensamento crítico.

É necessário pensar antes de partilhar“, para que os próprios cidadãos possam “preservar o espaço público”, sendo que também a inteligência artificial (IA) pode ajudar a combater a desinformação que afeta a sociedade, disse a representante portuguesa.

O chefe da equipa de política “Integridade da Informação e Luta contra a Manipulação de Informação Estrangeira e Interferência (FIMI)” no Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), Siim Kumpas, descreve a desinformação como uma bala, enquanto tudo o resto é o atirador ou a arma, dizendo que a “desinformação é a última vítima” de algo muito maior.

Siim Kumpas afirma que “não se pode apenas analisar as narrativas, é preciso ver os tipos de controlo manipulados por Estados que criam milhares de contas falsas para desenvolver uma guerra de falsidades, para manipular a opinião pública“, salientando países como a China ou a Rússia nesta matéria.

O responsável explica ainda que é impossível acabar com as campanhas de desinformação desenvolvidas pela Rússia, daí a importância da defesa que permite desacelerar a influência destes países em solo europeu.

A conferência “Os Cidadãos Podem Derrotar a Desinformação” é promovida pelo Conselho Económico Europeu (CES) e Comité Económico e Social Europeu (CESE) e realiza-se, em Lisboa, quando “a desinformação é uma realidade cada vez mais presente no quotidiano das sociedades modernas um pouco por todo o mundo, e em particular, em solo europeu, onde as notícias falsas proliferam e minam a democracia”, referem.

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