Manuel Pizarro promete 5.000 casas com renda moderada se for eleito presidente da Câmara do Porto
Cinco mil casas com renda moderada lançadas durante os quatro anos de mandato e transportes gratuitos para as pessoas com mais de 65 anos. Estas são as promessas de Manuel Pizarro para o Porto.
O antigo ministro da Saúde e eurodeputado Manuel Pizarro promete “disponibilizar 5.000 casas em renda moderada” caso ganhe a Câmara do Porto nas próximas eleições autárquicas, que devem acontecer entre 22 de setembro e 14 de outubro. E este “não é um anúncio vago, em contexto eleitoral”, disse o candidato socialista perante centenas de apoiantes no arranque da campanha eleitoral, no Palácio da Bolsa, no Porto.
“No meu mandato é esta a fasquia que assumo: disponibilizar 5.000 casas em renda moderada, ampliando a forma evidente e muito mais visionária as cerca de 1.400 casas anunciadas pelo atual executivo”, assegurou Manuel Pizarro durante a apresentação da sua candidatura, sob o lema “À Moda do Porto”, e após ter sido apresentado como alguém que “nunca perdeu o Norte” ao longo da sua vida política e carreira profissional perante uma sala apinhada apoiantes.
Entre eles, o socialista José Luís Carneiro e candidato a secretário-geral do PS; o antigo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva; a presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e autarca de Matosinhos Luísa Salgueiro.
“Esta é a minha, que irei, na devida altura, pormenorizar. Mas que fique o devido registo: não é um anúncio vago, em contexto eleitoral. É mesmo um programa tecnicamente competente, robusto, pensado, estudado e detalhado”. Pizarro compromete-se a divulgar “nas próximas semanas quais os terrenos em que serão construídas estas habitações, as formas de as financiar, assim como as parcerias com o setor privado e com o setor cooperativo” que já estruturou.
Sem hesitações e sem calculismos, sem estar dependente de nada nem de ninguém, orientado apenas pelo desejo de servir o Porto.
Promete, por isso, uma “resposta energética” para atenuar a crise na habitação nos próximos quatro anos como autarca do município da Invicta se for eleito e que passa ainda pelo lançamento das bases de um programa de reabilitação urbana.
Além da habitação, Pizarro elege a mobilidade e a segurança como bandeiras da sua campanha eleitoral. O socialista quer que os mais velhos possam utilizar a rede de transporte pública sem custos, privilegiando ainda o uso destes meios em detrimento da viatura própria. “Assumo o compromisso de, já em 2026, tornar gratuita a utilização do passe Andante para todas as pessoas com 65 anos ou mais de idade.”
Apologista da expansão do metro do Porto e do apoio à modernização dos táxis, Pizarro defende igualmente que os TVDE “têm de ser regulados e qualificados” e que o seu número em circulação “tem de ser limitado e regulado, sob pena de canibalizar as ruas da cidade”. Já o metrobus, vinca, “tem de entrar rápida e urgentemente em funcionamento”.
Outra promessa eleitoral passa pela resolução, de uma vez por todas, do imbróglio da Via de Cintura Interna (VCI), desviando o trânsito de pesados desta via para a Circular Regional Externa do Porto (CREP), além da abolição das portagens circulares ao Porto. Este é um tema que já vinha a ser tratado pelo atual Governo e vários autarcas da Área Metropolitana do Porto (AMP) e que Pizarro afiança dar seguimento e resolver.
A segurança é outro dos pilares da campanha eleitoral do socialista, apesar de Pizarro entender que esta “é uma tarefa primordial do Estado, que fique o devido registo”. Ainda assim, o antigo ministro da Saúde vai assumir a defesa da segurança dos portuenses como uma responsabilidade enquanto presidente do município. Nesse sentido, uma das medidas, elenca, passa por “uma presença mais intensa das forças policiais nas ruas” como efeito dissuasor do crime.
“A Polícia Municipal vai estar na rua, vai realizar ações de vigilância e patrulhamento”, compromete-se o antigo ministro da Saúde.
Pizarro garante ainda que, com ele na presidência, a autarquia portuense será uma “voz firme e reivindicativa“, comprometendo-se a colocar os interesses da cidade sempre em primeiro lugar. Exigirá, por isso, que a cidade seja “tratada com respeito e equidade” e não seja preterida em prol de Lisboa quando se trata de captar investimentos.
“Não aceitarei nunca que o investimento no Porto e no Norte sejam relegados para um plano secundário”. O candidato socialista foi ainda perentório na sua exigência: “O Porto não aceita ficar adiado enquanto o Estado gasta todos os recursos em torno da capital”.
“Vamos sempre defender o Porto à moda do Porto” – o slogan da sua candidatura às autárquicas – e “sem hesitações e sem calculismos, sem estar dependente de nada nem de ninguém, orientado apenas pelo desejo de servir o Porto.”
Por fim, promete “dar o litro pela cidade do Porto”, com um “porto seguro”, “com identidade, raízes e sotaque”.
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