Guns N’ Roses agitaram Coimbra com mais 35% de gastos dos turistas estrangeiros

O concerto da histórica banda norte-americana Guns N’ Roses, em Coimbra, agitou a economia local. Gasto de estrangeiros aumentou face a 2024. Portugueses foram menos efusivos.

A banda de Axl Rose, Slash e Duff McKagan, que a 6 de junho levou ao palco de Coimbra míticas músicas como Knockin’ on Heaven’s Door ou Paradise City, teve um significativo impacto económico positivo nos negócios locais da cidade, que faturaram mais 12,4% do que no dia equivalente de 2024.

Este aumento, constante no relatório Reduniq Insights, foi principalmente impulsionado pelo consumo dos turistas estrangeiros, que cresceu 35,3% face a 2024, enquanto o consumo nacional apenas subiu 10%.

O relatório, realizado pela UNICRE e que avalia a evolução do desempenho do comércio através das transações por cartão, focou-se na faturação dos negócios em Coimbra no dia da atuação da histórica banda norte-americana e comparou-a com a verificada na sexta-feira equivalente no calendário de 2024, ocorrida a 7 de junho.

Contudo, quando analisado o ticket médio — que corresponde ao valor médio gasto por compra — constata-se uma ligeira quebra de 8,9% deste valor, que passa dos 29,19 euros do ano passado para os 26,59 euros em 2025. Segundo Tiago Oom, Head of Merchant Acquiring da UNICRE, esta descida “pode justificar-se por uma maior contração do consumo por parte dos portugueses, espelhado na descida de 10,4% do ticket médio nacional para 25,93 euros”.

Instagram Guns N’ Roses12 junho, 2025

Esta quebra foi, contudo, compensada pelo impulso de 4%, para 33,14 euros, do ticket médio estrangeiro. Mesmo assim, apesar do impacto positivo do consumo estrangeiro na região, são os portugueses quem mais contribuiu para a economia local no dia do concerto: uma faturação de 88,6% do total registado, segundo adianta a Reduniq Insights, num comunicado.

Espanha foi a nacionalidade com maior peso de faturação estrangeira na região neste dia de atuação da banda formada há quatro décadas na Califórnia, com 17,5% dos gastos totais, a que se seguiu o Brasil (13,7%), Estados Unidos (9,8%), Irlanda (8%) e França (7,9%).

Se analisarmos por setor, o consumo nacional aumentou nas gasolineiras (82,5%), restauração (39,7%) e supermercados (4,4%) enquanto o consumo estrangeiro registou uma subida na hotelaria e atividades turísticas (127%), restauração (29,9%) e supermercados (19,9%).

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