Marca de luxo Fabergé vendida a investidor tecnológico por 50 milhões de dólares

Marca de luxo Fabergé vendida a investidor tecnológico por 50 milhões de dólares

Joana Abrantes Gomes,

O empresário Sergei Mosunov comprou a marca de luxo dos “ovos Fabergé” à britânica Gemfields por 50 milhões de dólares.

A marca de luxo Fabergé, conhecida pelas suas joias em forma de ovo, foi adquirida pelo investidor tecnológico Sergei Mosunov num negócio avaliado em 50 milhões de dólares (42,9 milhões de euros), avança o Financial Times.

A Fabergé, cujo artesanato se tornou um símbolo de riqueza, foi vendida à SMG Capital, empresa de investimentos sediada nos Estados Unidos, mais de uma década após ter sido comprada pelo grupo britânico Gemfields.

Os famosos “ovos Fabergé”, que receberam esse nome em referência ao joalheiro que os criou, o russo Peter Carl Fabergé, foram criados a partir de pedras e metais preciosos em São Petersburgo, tendo os primeiros sido encomendados pelos czares russos Alexandre III e Nicolau II como presentes de Páscoa.

Os famosos “Ovos Fabergé”

Dos cerca de 50 ovos feitos para a família imperial russa entre 1885 e 1916, mais de 40 subsistiram. Em 2004, Viktor Vekselberg, um magnata russo do petróleo e do gás, pagou mais de 90 milhões de dólares para adquirir nove desses ovos — consistindo na segunda maior coleção de “ovos Fabergé” do mundo naquela época. Anteriormente, eles pertenciam à família Forbes, do setor de comunicação social, em Nova Iorque.

Nas últimas décadas, a Fabergé tem-se dedicado ao fabrico de joias, relógios e outros “objetos em forma de ovo”. Por exemplo, um objeto em forma de ovo surpresa com morangos em esmalte Guilloché, de edição limitada, custa 58.080 libras (67.121 euros).

“É uma grande honra para mim tornar-me o guardião de uma marca tão notável e reconhecida mundialmente”, afirmou Mosunov, sócio da empresa de capital de risco The Garage Syndicate, acrescentando que a Fabergé continuará a concentrar-se na venda de joias, acessórios e relógios.

O diretor executivo da Gemfields, Sean Gilbertson, disse que “a venda marca o fim de uma era” para a mineradora britânica. “A Fabergé desempenhou um papel fundamental no aumento da visibilidade das pedras coloridas extraídas pela Gemfields e certamente sentiremos falta da sua influência no mercado e do seu poder de estrela”, assinalou.

A Gemfields tinha iniciado uma revisão estratégica da Fabergé em dezembro passado, após o grupo ter enfrentado “desafios consideráveis” no último trimestre de 2024.

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