Exército investe cerca de um milhão em simuladores virtuais para treinar soldados

Aposta é parte do investimento em curso no Centro de Capacitação Tática, Simulação e Certificação, no Campo Militar de Santa Margarida, na ordem dos cinco milhões de euros.

O Exército Português investiu cerca de um milhão de euros num simulador virtual táctico (SVT) para treinar o seu pessoal militar, parte do investimento em curso no Centro de Capacitação Tática, Simulação e Certificação, no Campo Militar de Santa Margarida, na ordem dos cinco milhões de euros.

“O Exército Português pretende maximizar a utilização da simulação no treino e na formação de militares e unidades, reduzindo riscos, custos e desgaste de material, ao mesmo tempo que aumenta a qualidade e a intensidade do treino. Neste contexto, o Simulador Virtual Tático permitirá, em ambiente controlado e através da utilização de computadores, treinar procedimentos individuais integrados na execução coletiva de técnicas, táticas e procedimentos das várias unidades do Exército“, explica fonte oficial do Exército Português ao ECO/eRadar.

O fornecimento do simulador virtual táctico foi adjudicado à ETI – Empordef-Tecnologias de Informação. “Resulta de um concurso público lançado pelo Exército e traduz-se num investimento de 828.282 euros em software (licenças de utilização) e 140.000 euros em hardware (computadores). Todo este investimento é financiado através da Lei de Programação Militar (LPM)“, refere fonte oficial do Exército.

Exército pretende que todos os atuais e futuros processos de aquisição de armamento, equipamento ou sistemas de armas incluam, sempre que possível, simuladores dedicados, que facilitem o treino dos operadores em ambiente controlado, com significativas vantagens económicas face ao treino exclusivamente com sistemas reais.

Exército Português

 

O investimento realizado integra-se no investimento para o Centro de Capacitação Tática, Simulação e Certificação (CCTSC) — já “criado na orgânica do Exército, estando neste momento em fase de instalação e desenvolvimento de capacidades, com investimento em curso ao abrigo da Lei de Programação Militar”, montante na “ordem dos cinco milhões de euros”.

“Este valor constitui uma referência no quadro vigente, encontrando-se, contudo, sujeito a ajustamento em sede de futura revisão da LPM, em função da atualização de necessidades, prioridades e dotações orçamentais”, ressalva fonte oficial do Exército Português.

“Trata-se, ainda assim, de um investimento relativamente reduzido quando comparado com os ganhos em segurança, racionalização de recursos e economia operacional proporcionados pelo treino em ambiente simulado (redução de consumo de combustível, de munições e de desgaste de equipamentos)”, ressalva a mesma fonte.

Prevista compra de mais simuladores

Para este centro, que se constituirá como a entidade centralizadora da simulação na Força Terrestre, está ainda prevista a aquisição de três simuladores adicionais complementares.

A saber, o Sistema de Simulação Construtivo, que permitirá “simular o planeamento e a condução de operações militares de escalões intermédios e grandes unidades, sendo tipicamente utilizado em exercícios de Postos de Comando e no treino de comandantes”; o Sistema de Simulação Real de Empenhamento Tático, que possibilitará “simular, ao nível do soldado, a execução de disparos e os efeitos dos projéteis, através de sensores integrados nos militares e sistemas de armas, conferindo grande realismo aos exercícios de campo; e o Sistema de Simulação Virtual de Armamento Individual.

Este último consiste “num sistema de carreira de tiro virtual, em ambiente indoor, permitindo simular o tiro com vários sistemas de armas, contra diferentes tipos de alvos, em cenários virtuais configuráveis”, explica fonte oficial do Exército Português.

“O Exército pretende que todos os atuais e futuros processos de aquisição de armamento, equipamento ou sistemas de armas incluam, sempre que possível, simuladores dedicados, que facilitem o treino dos operadores em ambiente controlado, com significativas vantagens económicas face ao treino exclusivamente com sistemas reais. Deste modo, quando os meios são empregues em ambiente real (treino ou operações), a sua utilização decorrerá com níveis de proficiência e eficiência mais elevados”, refere ainda.

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