Viseu espera retorno de 82 milhões de euros com centenária Feira de São Mateus
A centenária Feira de São Mateus, em Viseu, está de volta depois de dois anos de interregno e a organização calcula um impacto económico na cidade na ordem dos 82 milhões de euros.
Depois de um “jejum” de dois anos por causa da pandemia, a Feira de São Mateus arranca esta quinta-feira, em Viseu, e a organização calcula um retorno na ordem dos 82 milhões de euros nesta que é considerada uma montra de negócio para a região e país. É esperado um milhão e meio de visitantes nesta edição que já conta com mais de 600 anos de história.
Por estes dias, a cidade veste-se de festa e dá voz às tradições, gastronomia, diversões e espetáculos. A organização espera que a Feira de São Mateus, que já vai na 630.ª edição e se prolonga durante 49 dias, seja memorável, com um cartaz musical de excelência. “É o maior e melhor cartaz de sempre. Conseguimos encontrar um equilíbrio para os diferentes públicos”, sublinha Pedro Alves, presidente da Viseu Marca, a entidade que organiza a feira que é considerada “o ex-líbris da cidade de Viseu e das feiras francas“.
A organização do certame decidiu, este ano, introduzir um novo método de pagamento, mediante a utilização de pulseiras, para pagar de forma mais cómoda e sem manuseamento de notas e moedas.
Até 21 de setembro – feriado municipal de Viseu – estão previstas centenas de atividades, como a Meia Maratona de Viseu e o Torneio Internacional de Andebol e, pela primeira vez, a realização do “Rally Constálica Vouzela” e do Torneio de Padel. Diversas exposições, um desfile de moda e um concurso de vestidos de chita são mais algumas das iniciativas previstas neste certame que conta com três centenas de expositores e a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na inauguração.
Reza a história que a Feira de São Mateus foi criada pela Carta de Feira, concedida pelo rei D. João I a 10 de janeiro de 1392. Esta festa começava, então, a 3 de maio, no dia de Santa Cruz, e durava um mês. “Em data desconhecida, mas ainda no reinado de D. João I, a feira passou a realizar-se no dia de S. Jorge, a 23 de abril, e foi transferida para Vila Nova, onde existia uma capela dedicada ao santo”, lê-se no site da organização deste evento. Desde então muito mudou até aos dias de hoje e a feira está aí para dar que falar e atrair um mar de gente a Viseu que conta com 2.500 anos de história.
Com os seus terroirs férteis e conceituados vinhos que acompanham à mesa a famosa gastronomia, a localidade também é conhecida como “Cidade Vinhateira do Dão”. Destaque ainda para os doces, como os Viriatos, Pastéis de Feijão ou Castanhas de Ovos, que correm as bocas do mundo e marcam a tradição.
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