Morreu António Guedes, patriarca da Quinta da Aveleda
O patriarca da Quinta da Aveleda António Guedes morreu aos 83 anos, deixando um legado de mais de 150 anos na produção e venda de Vinho Verde. É um dos maiores produtores e exportadores.
Desde o Presidente da República até à Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) chegam de vários lados os votos de pesar pela morte de António Guedes, o patriarca da Quinta da Aveleda, deixando um reconhecido legado na produção e venda de Vinho Verde. Marcelo Rebelo de Sousa classificou-o mesmo como uma “figura incontornável” da Região dos Vinhos Verdes (RVV) e enviou as “mais sentidas condolências à família e amigos”.
“Figura incontornável da Região dos Vinhos Verdes, António Guedes deixa um legado não apenas na Quinta da Aveleda, mas em todo o setor do vinho português, tendo trazido inovação e excelência que foram motivação e inspiração para muitos”, lê-se numa nota publicada no sítio oficial de informação da Presidência da República Portuguesa, na internet.
A CVRVV frisa, por sua vez, num comunicado, que “o dia 9 de setembro é sinónimo da triste perda de uma das maiores figuras da Região dos Vinhos Verdes e do setor do vinho português”. Dora Simões, Óscar Meireles e Rui Pinto, da direção, consideram que “António Alves Machado Guedes, à frente dos destinos da Quinta da Aveleda desde o final dos anos 60, foi uma figura incontornável do progresso e do crescimento da Região dos Vinhos Verdes e da sua expressão em todo o mundo“.
O empresário integrou a Quinta da Aveleda depois da morte do pai Roberto van Zeller Guedes, assumindo, na época, o cargo de diretor técnico, enquanto frequentava o serviço militar.
António Alves Machado Guedes, à frente dos destinos da Quinta da Aveleda desde o final dos anos 60, foi uma figura incontornável do progresso e do crescimento da Região dos Vinhos Verdes e da sua expressão em todo o mundo.
António Guedes era considerado um cosmopolita e visionário, tendo percorrido o mundo desde a Argentina, passando pelo Chile, África do Sul, Califórnia até vários países europeus. Como visionário que era, o empresário desde cedo se apercebeu “da urgência em transformar os métodos utilizados na viticultura e da necessidade de adaptar a Região dos Vinhos Verdes a novas abordagens e procedimentos“, refere a CVRVV na mesma nota. Foi seguindo esta lógica de pensamento que ocorreu a conversão de todas as vinhas da Aveleda em vinha mecanizada.
Criou ainda novas plantações em Meinedo e Mondim de Basto, passando a Aveleda a trabalhar 170 hectares de vinha. “Uma transformação que serviu de exemplo e de motivação a muitos viticultores, elevando a produção de Vinho Verde a um patamar de excelência e de competitividade”, sublinha a direção da CVRVV.
Os primos Martim Guedes e António Guedes, descendentes da quinta geração da família Guedes, estão agora nas rédeas da Quinta da Aveleda, dando continuidade ao legado familiar e empresarial, e “registando recordes de produção e de exportação que orgulham a região e o país”, realça a CVRVV.
Num comunicado, António e Martim Guedes, os atuais líderes da companhia, afirmam que, “com mais de 45 anos de enorme dedicação a esta casa e a esta família”, António Guedes “deixou uma grande obra feita”.
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