Rui Moreira quer Porto “neutro em carbono” até 2030
Câmara portuense quer ter concelho líder na ação climática nacional, no âmbito do "Pacto do Porto para o Clima". O grande propósito é ter um "Porto neutro em carbono” até 2030.
Posicionar a cidade do Porto como líder, a nível nacional, na ação climática, antecipando a neutralidade carbónica. É este o propósito do “Pacto do Porto para o Clima” que conta já com mais de 170 subscritores, entre empresas, instituições e outras entidades com impacto no concelho. “Este é um desígnio comum, com meta definida para 2030, e com claros benefícios coletivos que só poderemos colher com a ação de toda a sociedade civil”, afirma o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.
A primeira sessão de apresentação pública decorre no próximo dia 16 de setembro, na Casa do Roseiral, nos jardins do Palácio de Cristal, e reúne os vários parceiros, o executivo camarário e o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro. Segundo a autarquia, este “pacto do Porto para o Clima assegura o Alto Patrocínio do Presidente da República“.
Segundo o município, esta iniciativa tem mobilizado atores de diversos quadrantes. “O conjunto de parceiros abrange algumas das mais reputadas instituições e organizações empresariais da cidade do Porto e da região, como a Altice, Bial, Boavista Futebol Clube, Centro Hospitalar Universitário do Porto, Centro Hospitalar Universitário São João, EDP e Federação Académica do Porto”. Entre os parceiros estão ainda, por exemplo, o Futebol Clube do Porto, Galp, Jerónimo Martins, Museu Soares dos Reis, NOS, Politécnico do Porto, Santa Casa da Misericórdia do Porto, Serralves, Sonae, STCP ou Universidade do Porto.
“O comprometimento destas instituições e a consequente adesão às metas definidas é de extrema relevância, para construirmos juntos, até 2030, um Porto neutro em carbono”, explica Rui Moreira.
Segundo a autarquia, “o papel do município do Porto na descarbonização da cidade tem sido sistemático, mas limitado, já que os ativos municipais são apenas responsáveis por 6% das emissões totais de Gases com Efeito de Estufa (GEE)”. Mais, realça, “a maioria das emissões de GEE na cidade provém dos setores dos edifícios, residencial e serviços (cerca de 50%) e dos transportes (cerca de 40%)”.
Refira-se que a autarquia desenvolve, desde 2008, a monitorização das emissões de GEE, através da Agência de Energia do Porto, e tem preconizado uma redução de 60% de GEE até 2030. O Porto é o quarto município mais populoso e o terceiro mais densamente povoado do país.
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