Douro & Porto Wine Festival “brinda” à região vinhateira com milhares de turistas

Com o rio Douro e os socalcos das vinhas como pano de fundo, eis que o vinho, a música e o entretenimento servem de mote, este sábado e domingo, em Lamego, para a primeira edição do Douro & Porto Wine Festival. Um evento “descentralizado” e com “um impacto económico muito significativo” na região que se quer afirmar como “vitivinícola e com forte potencial turístico”, avança ao ECO o presidente da Câmara Municipal de Lamego, Francisco Lopes.

Com um investimento superior a meio milhão de euros, este evento deverá acolher dez mil pessoas, segundo Diogo Marques, da organização que reúne parceiros como a autarquia de Lamego, o Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) e o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP). E todos com um objetivo comum: promover a Região Demarcada do Douro, o vinho, a gastronomia e a música.

Este festival tem todos os ingredientes para ser um sucesso e importante para o país em matéria de enoturismo, atraindo mercados de alto rendimento como o interno, o espanhol, o americano, o canadiano e o brasileiro.

“Este é um festival em que, de facto, o vinho é rei e ajuda a valorizar aqueles que são também os produtos endógenos desta região”, frisa, por sua vez, o presidente do TPNP, Luís Pedro Martins. “Estamos a associar o vinho, que é produto premium, a paisagem da Região Demarcada do Douro, e o turismo com a ocupação de todo aquele destino já lotada”, sublinha o presidente do TPNP.

Por tudo isto, Luís Pedro Martins acredita que “este festival tem todos os ingredientes para ser um sucesso e importante para o país em matéria de enoturismo, atraindo mercados de alto rendimento como o interno, o espanhol, o americano, o canadiano e o brasileiro. Cada vez temos mais americanos e canadianos a visitar o país“.

Sem, contudo, querer avançar com números, o autarca de Lamego acrescenta que o Douro & Porto Wine Festival, vai gerar “um impacto económico muito significativo” na região, afirmando-a como vitivinícola e com potencial turístico”.

Numa atura em que os produtores se queixam das quebras da produção do vinho e da seca, este festival pode servir de alavanca para alguns deles através da comercialização dos vinhos. “É benéfico para os produtores que vão ter retorno económico, num ano que vai ser difícil“, afirma o autarca de Lamego.

Também o presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), Gilberto Igrejas, vê no festival “uma forma de valorizar o Douro Vinhateiro, de promover o tecido económico constituído por 19 mil agricultores e mais de 500 agentes económicos que comercializam os vinhos do Douro e Porto”.

É benéfico para os produtores que vão ter retorno económico, num ano que vai ser difícil.

Entre as muitas iniciativas estão provas comentadas de Porto Tawny e Ruby, organizada pelo IVDP, assim como uma panóplia de atividades de gastronomia e uma mão cheia de concertos para todos os gostos.

A aposta na sustentabilidade com “a redução da produção de resíduos e o desperdício zero”, assim como a “eficiência energética e as fontes de energia renovável” são mais algumas das apostas da organização para também tornar este festival amigo do planeta e contribuir para a redução da pegada ambiental.