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Impresa quer aumentar receitas em 15% a 20% até 2025

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O grupo Impresa, liderado por Francisco Pedro Balsemão, quer triplicar as receitas no digital. A transformação dos processos e métodos de trabalho são outros objetivos.

Francisco Pedro Balsemão, CEO do Impresa, quer aumentar as receitas do grupo em 15% a 20% até 2025. O objetivo, que faz parte do plano estratégico do grupo que teve início em outubro, pressupõe – tendo em conta os valores de 2021, ano em que a Impresa teve de receitas 190,2 milhões de euros, uma vez que as contas de 2022 ainda não estão fechadas – um crescimento que pode aproximar-se dos 40 milhões de euros.

Este novo plano tem como objetivo o aumento das receitas e da margem da Impresa, complementando as nossas atuais fontes de receitas com novas fontes de receitas e novas abordagens às atuais formas de atingir os nossos objetivos. A meta, para o final de 2025, é alcançarmos um crescimento de 15 a 20% na nossa faturação”, diz o responsável no artigo de opinião publicado esta terça-feira no Meios&Publicidade.

Para tal, o grupo vai focar-se em em duas prioridades, “no acelerar do desenvolvimento da sua atividade e fontes de receitas digitais e na transformação dos seus processos e métodos de trabalho. “Até 2025, o grupo pretende triplicar o peso das receitas oriundas do digital.

Para esse efeito, a Impresa vai continuar a sua aposta na Opto, com mais conteúdos e melhor experiência para o utilizador, aumentando a faturação via subscrição e robustecendo o modelo de publicidade com o lançamento de canais FAST (free ad-supported streaming services, ou canais digitais lineares). A proposta de valor da SIC Notícias vai ser reforçada, com uma maior centralidade e diversificação no digital”, escreve o CEO do grupo.

Francisco Pedro Balsemão revelou também que em breve será lançada a “comunidade Expresso”, “oferecendo mais benefícios aos seus assinantes digitais, como a interação com jornalistas, comentários aos conteúdos e newsletters personalizadas”. Vai também existir um reforço da oferta áudio, “com novos podcasts e reforçando a sua rentabilização através de novas abordagens comerciais”. Uma “Comissão Executiva Sombra”, composta por oito elementos que têm menos de 30 anos, apresentará propostas dirigidas aos targets mais jovens.

Sobre a consolidação, tema que o próprio levantouem meados de janeiro no no almoço-debate do International Club of Portugal, em Lisboa, Francisco Pedro Balsemão escreveu que “o mercado no qual operamos inclui demasiadas empresas que geram constantes prejuízos ou, pior, que são meros projetos de poder, e portanto pode e deve estar sujeito a consolidação ou reestruturação“. Daí ter referido o tema em janeiro, “precisamente no sentido de assinalar que o nosso país tem demasiadas empreitadas opacas sem qualquer sustentação”. No entanto, “e, se é verdade que a concorrência desleal é um problema que afeta o setor, a concentração indevida também o será, ambas prejudicando o pluralismo e carecendo de intervenção regulatória”, acrescenta no artigo.

“Do nosso lado, por sermos o único grande grupo que vive só e apenas para a comunicação social, continuaremos a ser um farol que ilumina o caminho da liberdade de imprensa e da democracia em Portugal”, diz o CEO do grupo dono da SIC e do Expresso.

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