Metro do Porto prolonga concurso para autocarros BRT

Transportadora prorroga por mais três semanas prazo para receber candidaturas para autocarros articulados movidos a hidrogénio verde que vão circular na Avenida da Boavista.

Foi prolongado em três semanas o prazo do concurso do Metro do Porto para os autocarros articulados do tipo BRT (Bus Rapid Transit) movidos a hidrogénio verde. O período para entrega de candidaturas deveria ter terminado pelas 17 horas de segunda-feira mas acabou por ser estendido a pedido dos concorrentes. Em causa está um concurso de 23,448 milhões de euros para comprar 12 autocarros.

“O prazo para entrega de propostas foi prorrogado por três semanas, em função do número de pedidos (perto de 100) e também por haver solicitações dos eventuais concorrentes nesse sentido”, adianta ao ECO fonte oficial da transportadora liderada por Tiago Braga. O concurso arrancou em 19 de dezembro.

Além do fornecimento dos autocarros articulados, o concurso inclui a manutenção dos veículos, as infraestruturas técnicas de produção de hidrogénio verde e de energia elétrica de fonte renovável.

O critério mais importante neste concurso é o preço, que tem um peso de 45% na escolha do vencedor. A capacidade diária de produção de hidrogénio a partir da estação vale 35% e as características e desempenho do autocarro BRT valem os restantes 20%.

No caso do veículo, há cinco subfatores, como o consumo de hidrogénio (40%), o design (40%), a potência motriz nominal (10%), o isolamento das portas e a posição do eixo motor, cada um com 5%.

Os autocarros BRT terão 18 metros de comprimento, serão articulados e terão uma autonomia superior a 350 quilómetros com funcionamento a hidrogénio e de mais de 50 quilómetros em modo exclusivamente elétrico.

O Metro do Porto vai comprar os veículos para a estreia do sistema BRT (Bus Rapid Transit) na cidade, que serão operados pela STCP, a empresa municipal de autocarros. Os veículos articulados vão circular separados do restante tráfego em toda a Avenida da Boavista, mas vão misturar-se com a circulação normal na Avenida Marechal Gomes da Costa.

Está previsto que a linha Boavista-Império comece a funcionar em junho de 2024, seis meses depois do prazo inicialmente estabelecidos (final de 2023).

Este projeto implica um investimento total de 66 milhões de euros, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência. Estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo, e Praça Cidade do Salvador (Anémona).

Cada uma das estações terá cobertura, máquinas de venda de títulos, validadores, câmaras de videovigilância e equipamento de informação ao público – nomeadamente painéis eletrónicos e informação sonora.

O projeto inclui uma microrrotunda em frente à Casa da Música, necessária para que o autocarro a hidrogénio do metrobus faça a mudança de sentido em 30 segundos. Por terra ficou a ideia de construir uma rotunda entre as avenidas da Boavista e Marechal Gomes da Costa. Ainda assim, vai obrigar à deslocalização do Monumento ao Empresário.

As obras de construção civil, no valor de cerca de 25 milhões de euros, estão a cargo do consórcio português Alberto Couto Alves e Alves Ribeiro.

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