Duarte Cordeiro já “conduziu” o novo metro chinês do Porto
Após uma “intensa bateria de testes e ensaios”, o primeiro dos 18 veículos contratados à chinesa CRRC Tangshan foi apresentado este sábado na Estação da Trindade, onde pode ser visitado até dia 14.
O ministro do Ambiente da Ação Climática, Duarte Cordeiro, acompanhado pelo secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, experimentou este sábado o novo veículo da frota do Metro do Porto, de fabrico chinês, que estará ao serviço a partir de maio.
Este é o primeiro dos 18 veículos contratados à CRRC Tangshan. Chegou a Portugal em dezembro e nas últimas semanas tem sido “sujeito a uma intensa bateria de testes e ensaios”, de acordo com a transportadora liderada por Tiago Braga.
“Temos de fazer uma avaliação de segurança para submeter ao IMT [Instituto da Mobilidade e dos Transportes] para garantir a homologação do veículo. Depois entra para a rede sem qualquer distinção [entre linhas]”, disse aos jornalistas o presidente da Metro do Porto, citado pela Lusa.
Os ensaios e testes vão ser feitos durante a madrugada (entre a 01h00 e as 06h00), uma “janela de tempo que é relativamente curta” e que “atrasa a colocação em serviço”, acrescentou o responsável. Para março está prevista a chegada de mais quatro carruagens. Outras cinco são entregues em julho e as restantes em setembro.
Temos de fazer uma avaliação de segurança para submeter ao IMT [Instituto da Mobilidade e dos Transportes] para garantir a homologação do veículo.
Trata-se de um investimento de 49,6 milhões de euros, financiados pelo POSEUR e pelo Fundo Ambiental. Os novos veículos vão circular em todas as linhas da rede do Metro do Porto a partir do final da primavera, aumentado a frota da empresa para as 120 composições.
A frota da Metro do Porto, que opera em sete concelhos da área metropolitana com uma rede de seis linhas, 67 quilómetros e 82 estações, é constituída atualmente por 102 veículos: 72 do tipo Eurotram e 30 do tipo Tram-train. O novo modelo made in China é composto por quatro carruagens, tem capacidade para 244 passageiros (dos quais 64 sentados) e circula a uma velocidade máxima de 80 quilómetros por hora.
Estas novas composições vão servir também as duas linhas em construção, para acrescentar seis quilómetros e sete estações à rede, num investimento global na ordem dos 300 milhões de euros: a Linha Rosa, entre São Bento e a Casa da Música, em que a construtora já pediu revisão do preço; e o prolongamento da linha Amarela, entre Santo Ovídio e Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia.
O veículo que saiu da China em outubro de 2022 foi apresentado esta manhã na Estação da Trindade, num evento que suscitou curiosidade e em que estiveram presentes os representantes da fabricante chinesa. Vai ficar em exposição durante todo o fim de semana e até dia 14 de fevereiro, com vistas abertas a toda a população.
“Está adaptado às avaliações [feitas] junto dos passageiros e dos trabalhadores”, disse Duarte Cordeiro, depois de espreitar a zona do motorista e de se sentar nos novos bancos da carruagem. “É moderno, responde às preocupações que a Metro do Porto tem relativamente a facilitar a manutenção e está mais adaptada para coisas que os passageiros iam dizendo, como ter mais sítios para agarrar. É uma composição que corresponde aos desafios que temos e para o serviço que queremos prestar”, elogiou o ministro Duarte Cordeiro.
Responde às preocupações que a Metro do Porto tem relativamente a facilitar a manutenção e está mais adaptada para coisas que os passageiros iam dizendo, como ter mais sítios para agarrar.
Fundada em 1881, a CRRC Tangshan é uma empresa chinesa com larga tradição na produção de comboios, comboios de alta velocidade e veículos de metro. É apresentada como a maior fabricante mundial de material circulante ferroviário, tem sede em Pequim e emprega mais de 180 mil trabalhadores, de acordo com dados oficiais.
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