Metro do Porto tem 23,5 milhões para comprar autocarros BRT para linha da Boavista

Concurso público inclui manutenção dos veículos articulados e infraestruturas de produção de hidrogénio verde e de energia elétrica de fonte renovável.

O Metro do Porto tem cerca de 23,5 milhões de euros para comprar 12 autocarros articulados do tipo BRT (Bus Rapid Transit) movidos a hidrogénio verde. O concurso público da transportadora foi aberto nesta segunda-feira e inclui a manutenção dos veículos, as infraestruturas técnicas de produção de hidrogénio verde e de energia elétrica de fonte renovável.

O preço base do concurso é de 23,448 milhões de euros e as candidaturas poderão ser enviadas até 20 de fevereiro de 2023, isto é, 68 dias a contar da data de envio do anúncio publicado em Diário da República.

O critério mais importante neste concurso é o preço, que tem um peso de 45% na escolha do vencedor. A capacidade diária de produção de hidrogénio a partir da estação vale 35% e as características e desempenho do autocarro BRT valem os restantes 20%.

No caso do veículo, há cinco subfatores, como o consumo de hidrogénio (40%), o design (40%), a potência motriz nominal (10%), o isolamento das portas e a posição do eixo motor, cada um com 5%.

Os autocarros BRT terão 18 metros de comprimento, serão articulados e terão uma autonomia superior a 350 quilómetros com funcionamento a hidrogénio e de mais de 50 quilómetros em modo exclusivamente elétrico.

O Metro do Porto vai comprar os veículos para a estreia do sistema BRT (Bus Rapid Transit) na cidade, que serão operados pela STCP, a empresa municipal de autocarros. Os veículos articulados vão circular separados do restante tráfego em toda a Avenida da Boavista, mas vão misturar-se com a circulação normal na Avenida Marechal Gomes da Costa.

Este projeto implica um investimento total de 66 milhões de euros, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência. Estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo, e Praça Cidade do Salvador (Anémona). Está previsto que a linha Boavista-Império comece a funcionar no final de 2023.

Cada uma das estações terá cobertura, máquinas de venda de títulos, validadores, câmaras de videovigilância e equipamento de informação ao público – nomeadamente painéis eletrónicos e informação sonora.

As obras de construção civil, no valor de cerca de 25 milhões de euros, estão a cargo do consórcio português Alberto Couto Alves e Alves Ribeiro.

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