Nos prepara Festa dos Óscares com os olhos postos no futuro do cinema
Em preparativos para a Festa dos Óscares 2023, a NOS mantém-se confiante no futuro do cinema - bastante abalado pela Covid-19 - e antecipa o crescimento da indústria cinematográfica.
A ‘Festa dos ÓSCARES® Red Carpet’ da Nos realiza-se este domingo pela primeira vez na Praça Central Colombo, em Lisboa, local onde vão marcar presença muitas figuras públicas – entre 1500 convidados – e onde serão exibidos os principais nomeados às estatuetas.
Nesta noite de antecipação à 95.ª cerimónia de entrega dos Academy Awards, os presentes vão poder assistir aos filmes nomeados como Avatar: O Caminho da Água, A Baleia, Babylon, Os Fabelmans, Os Espíritos de Inisherin, Tudo Em Todo O Lado Ao Mesmo Tempo, Elvis ou Tár.
Os Óscares “continuam a ser o barómetro da indústria cinematográfica, um momento importantíssimo para o setor, com forte impacto e mediatismo a nível global, e que mantém o seu lugar especial nas audiências televisivas, como um dos acontecimentos ao vivo mais esperado para a indústria“, diz Susanna Barbato, diretora da Nos Audiovisuais, em antecipação a este dia “muito especial”.
Os Óscares “continuam a ser o barómetro da indústria cinematográfica, um momento importantíssimo para o setor, com forte impacto e mediatismo a nível global, e que mantém o seu lugar especial nas audiências televisivas, como um dos acontecimentos ao vivo mais esperado para a indústria”
Inspirando-se no filme Babylon, a “Festa dos ÓSCARES® Red Carpet” promete transportar todos os presentes “para o ambiente da louca Hollywood dos anos 20, numa verdadeira homenagem à história do cinema”.
A sessão – feita numa parceria com a Sonae Sierra, à qual se juntam o Canal Hollywood, Canal Casa & Cozinha, a Audi e a Embaixada Britânica, havendo também a emissão em direto na RFM, rádio parceira do evento.
A Nos distribui 14 dos filmes nomeados para a 95ª edição dos prémios da Academia de Cinema dos Estados Unidos, com um total de 56 nomeações em 17 categorias. A cerimónia dos Óscares é apresentada por Jimmy Kimmel, sendo que a transmissão em Portugal é assegurada pela RTP, por volta das 01h00.
Os constrangimentos da pandemia e o futuro do setor
Em 2020 a pandemia trouxe consigo vários constrangimentos aos mais diversos setores e a indústria cinematográfica não foi poupada, sendo que em 2020 os cinemas em Portugal registaram uma quebra histórica de cerca de 75% em receitas de bilheteira e número de espectadores (comparativamente a 2019). Com a reabertura definitiva das salas de cinema em abril de 2021, a afluência “melhorou significativamente”, numa subida de cerca de 50% em receita bruta, em relação ao período homólogo, refere Susanna Barbato, diretora da Nos Audiovisuais ao +M/ECO.
Paulatinamente, o cinema têm-se recomposto e aumentado o número de espectadores e receitas, sendo que 2022 foi para a Nos Audiovisuais a “prova de que o cinema está vivo”, afirma a responsável, mencionando que este foi um ano de “crescimento para a indústria do cinema”, a qual atingiu 55.4 milhões de euros de receita bruta de bilheteira e registou 9.6 milhões de espectadores em sala, num aumento de 81% face a 2021, em receita bruta.
Esta performance é o resultado da apresentação de “grandes títulos” como Avatar: O Caminho da Água (7.9 milhões de euros) – ao dia de hoje o filme com maior receita bruta de sempre – Top Gun: Maverick (4.6 milhões de euros), Black Panther Wankanda para Sempre (2.5 milhões), Thor: Amor e Trovão (2.2 milhões), Doutor Estranho no Multiverso da Lourcura (2.2 milhões), Sorri (900 mil) – a surpresa do ano no género terror – e o filme português Curral de Moinas – Os Banqueiros do Povo (1.8 milhões), naquele que é o filme nacional com maior receita bruta até à data.
A recuperação dos números pré-pandemia passa pela estreia de grandes filmes, aliada a iniciativas diferenciadoras e a uma cobertura nacional ampla.
Esta recuperação do setor é precisamente visível através dos números divulgados ao +M/ECO por Nuno Aguiar, diretor da NOS Cinemas, que refere que a Nos “mantém a liderança de mercado exibição cinematográfica”. Depois de registar 9.267.388 de espectadores em 2019, os cinemas da marca receberam nas suas salas nos três anos seguintes 2.308.279 (-75%), 3.450.312 (- 63%) e 6.246.666 espectadores (- 33%), respetivamente.
Embora ainda não tenha atingido os números pré-pandemia a distribuidora “vai continuar a investir na melhor experiência de ida ao cinema e em estar cada vez mais próxima dos espectadores”, refere Nuno Aguiar. A marca acredita “que a recuperação dos números pré-pandemia passa pela estreia de grandes filmes, aliada a iniciativas diferenciadoras e a uma cobertura nacional ampla, por via do número de salas de cinema NOS, que nos permite estar próximos de uma fatia muito alargada da população portuguesa”, diz o responsável. “Este é um eixo no qual temos continuado a apostar, como demonstra o novo complexo recentemente inaugurado em Aveiro“.
Relacionada com os Óscares, a Nos lançou uma campanha em fevereiro onde convida os espectadores a assistir aos filmes nomeados (estreias e reposições), por um preço especial de 5 euros. No verão passado foi também criado um passaporte de verão, no valor de 20 euros, concedendo acesso ilimitado a todos os filmes em exibição nas salas de cinema da NOS durante o mês de agosto. São “iniciativas impulsionadoras, criadas especialmente para que o cinema continue a fazer parte do dia-a-dia dos portugueses”, defende Nuno Aguiar.
A Nos Cinemas tem ainda apostado em conteúdos “diferenciados, em linha com o que os clientes valorizam e procuram”, que passam desde a exibição de séries até a uma programação artística com a transmissão de bailados ou concertos, pelo que “os clientes encontram os mais variados conteúdos atualmente nos Cinemas NOS e vivem uma experiência nova, transformadora e cada vez mais cultural“, explica o responsável, que reforça a importância dos equipamentos e tecnologias que apetrecham as salas da NOS Cinemas, “a única cadeia de exibição no mercado com formatos especiais como Imax, ScreenX, 4DX e NOS XVision“.
Para 2023, as perspetivas são “muito positivas”, afiança também Susanna Barbato, referindo que se estima que o mercado cinematográfico continue a crescer e que possa atingir os 66.6 milhões de euros de receita bruta de bilheteira (+20%/2022 e -20%/2019) e 11.3 milhões de espectadores (+18%/2022 e -27%/2019).
“Os dados são bastantes positivos. Estamos muito confiantes e mantemos a nossa aposta numa oferta de conteúdos diferenciadores, com grandes filmes para todos e uma experiência cinematográfica totalmente imersiva e multissensorial que os Cinemas Nos têm à disposição, quer pela inovação tecnológica das salas, quer pelos formatos”, afirma a diretora da Nos Audiovisuais.
Estamos seguros, que rapidamente esses níveis de attendance vão ser recuperados e assim crescer de forma significativa na publicidade nos cinemas, voltando aos números de 2019 em 2025.
Entre os “grandes blockbusters, filmes de referência nomeados aos Óscares, filmes de animação para toda a família e filmes premiados”, Nuno Aguiar destaca como principais estreias “SHAZAM! Fúria dos Deuses” (16 março), “Dungeons & Dragons: Honra entre Ladrões” (30 março), “Astérix e Obélix: O Império do Meio” (6 abril), “Guardiões da Galáxia Vol.3” (4 maio), “A Pequena Sereia” (25 maio), “The Boogeyman” (1 junho), “Transformers: O Despertar das Feras” (8 junho), “Indiana Jones and the Dial of Destiny” (29 junho), “Missão Impossível – Ajuste de Contas parte um” (13 julho), “Elemental” (13 julho), “Haunted Mansion” (27 julho), “Tartarugas Ninja: Caos Mutante” (10 agosto), “A Haunting in Venice” (14 setembro), “Os Mercenários 4” (21 setembro) e “The Hunger Games: A Saga Continua” (17 novembro).
Publicidade no cinema
Quanto à publicidade, o cinema captou, via agência de meios, cerca de 1,1 milhões de euros no último ano, com janeiro a começar com um crescimento de 16%, pelos que as perspetivas parecem animadoras para o crescimento da publicidade nos cinemas.
“Esperamos que a curto prazo o cinema volte aos níveis de audiência que tínhamos em 2019. As perspetivas para este ano são bastante animadoras, temos grandes conteúdos que chegarão às salas de cinema até ao final do ano. Estamos seguros, que rapidamente esses níveis de attendance vão ser recuperados e assim crescer de forma significativa na publicidade nos cinemas, voltando aos números de 2019 em 2025″, revela Miguel Magalhães, diretor da NOS Publicidade.
A NOS Publicidade criou recentemente um programa de relação com as marcas, no qual os espaços físicos dos cinemas NOS se transformam num meio no qual as marcas podem marcar presença. Este programa foi apresentado em dezembro de 2022, altura em que foi avançado que as expectativas podiam ir de um crescimento de 10% das receitas da NOS (numa primeira fase) até entre cerca de 25 a 30% (a médio/longo prazo).
No entanto, devido ao estado ainda embrionário deste programa, Miguel Magalhães disse não conseguir adiantar muito, sublinhando no entanto, o exemplo da marca Lego, uma das marcas que participou no Brand Activation Day. “A ação consistiu em dar naming a uma sala no Colombo e outra no NorteShopping, durante 1 mês. As salas foram decoradas pela marca, e esta ação culminou com um evento da Lego, no Colombo com os representantes internacionais e os embaixadores da marca em Portugal, que contou com a presença de figuras públicas, como a Carolina Deslandes, Jorge Gabriel e Mafalda Ribeiro, e onde foi exibido o 1º episódio de uma nova série da Lego”, explicou.
Conheça todos os nomeados para os Óscares 2023, entre os quais se encontra um português.
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