Porto regista “valores históricos” no combate ao desperdício de água

A cidade do Porto fechou o ano de 2022 "com valores históricos" no combate ao desperdício de água, tendo uma das tarifas de água mais baixas da Área Metropolitana.

Atingimos em 2022 o valor mais baixo de sempre no que respeita a água não faturada, uma tendência que, aliás, já se registava em anos anteriores”, começa por afirmar o vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, Filipe Araújo, no Dia Mundial da Água. O autarca adianta ainda que o município tem uma das tarifas de água mais baixas da Área Metropolitana do Porto (AMP).

“A cidade tem melhor desempenho do que a média nacional e posiciona-se como uma referência na gestão de perdas“, avança o número dois da autarquia liderada pelo independente Rui Moreira. O Porto é, assim, “um dos municípios que menos desperdiça água potável em Portugal”, tendo registado um índice de Água Não Faturada de 13,4% em 2022.

Este valor representa uma melhoria de 1,4 pontos percentuais quando comparado com os 14,8% registados em 2021. O que, frisa a autarquia, contribui para a definição do custo do abastecimento de água na cidade, “que se mantém entre os mais baixos dos concelhos da AMP“.

A cidade tem melhor desempenho do que a média nacional e posiciona-se como uma referência na gestão de perdas.

Filipe Araújo

Vice-presidente da Câmara Municipal do Porto

Este resultado corresponde a menos de metade do valor médio nacional que, de acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), ronda os 30%, com 45 municípios do país a terem perdas acima dos 50%, realça a autarquia da Invicta.

Segundo o município, as poupanças de água diárias já ascendem a 8.000 metros cúbicos (m3). “Nos últimos anos, as poupanças acumuladas com medidas de eficiência da água representam 84,3 milhões de euros, para além da sua importância para a sustentabilidade de toda a cidade”, sublinha.

Estes indicadores resultam, segundo a edilidade, da aposta e dos investimentos realizados pela Águas e Energia do Porto no combate ao desperdício e que colocam o concelho no pódio de um “restrito núcleo de municípios cuja qualidade de serviço é considerada excelente”.

“No contexto em que vivemos, onde a escassez de água é, cada vez mais, uma realidade, evitar o desperdício diário de milhares de metros cúbicos de água, é algo de que nos devemos orgulhar”, sustenta Filipe Araújo.

Uma outra estratégia municipal que também tem dado cartas é o Programa de Gestão e Redução de Água Não Faturada que contempla a monitorização, em tempo real, de toda a rede pública através de mais de 340 equipamentos e sensores de última geração. A autarquia recorre ainda a plataformas de análise, inteligência artificial e machine learning para apoio à gestão e decisão.

Com um sistema municipal, que integra mais de 80 zonas de abastecimento controladas, a Águas e Energia do Porto tem diariamente, no terreno, técnicos especializados na deteção e localização precoce das avarias e fugas de água, com vista a uma célere e eficaz resolução dos problemas.

Só em 2002, o índice de pesquisas ativas de fugas de água rondou os 400%, segundo a Câmara Municipal do Porto. Do total de avarias e roturas na rede de abastecimento de água, cerca de 60% foram detetadas pelas equipas da empresa municipal.

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