As 23 tendências do marketing em 2023, segundo a Team Lewis
O progresso tecnológico, a sustentabilidade, a realidade aumentada, a inteligência artificial, o livestreaming, o uso de vídeos curtos ou o combate à recessão são alguns dos temas destacados.
O marketing e as suas tendências estão constantemente a mudar, em particular com as atribuladas reviravoltas pelas quais a sociedade tem atravessado nos últimos anos, incluindo uma pandemia global e uma evolução tecnológica vertiginosa. Com estas incessantes mudanças, surgem obstáculos mas também oportunidades para os profissionais do marketing. Para ajudar a delinear uma estratégia e a enfrentar o presente ano, a Team Lewis divulgou um relatório onde apresenta 23 tendências de marketing que devem definir o ano de 2023.
O progresso tecnológico, a preocupação com o tema da sustentabilidade, a realidade aumentada, a inteligência artificial, o livestreaming, o conteúdo oferecido através de vídeos curtos ou o combate à recessão são algumas das áreas destacadas pela agência de marketing.
Segundo a Team Lewis, “é necessário olhar para o lado positivo da recessão: dá uma oportunidade às marcas que ainda são challengers no mercado, porque desbloqueia a inovação e recompensa o empreendedorismo e quem procura fazer a diferença“, pelo que as tendências enumeradas destacam “diversas oportunidades de mudança e crescimento para as empresas na atualidade”, refere-se em comunicado.
As 23 tendências do marketing em 2023:
- Competitividade vai aumentar. O mercado está cada vez mais competitivo – fator agravado pela recessão – pelo que em 2023 a importância do storytelling por parte das marcas vai ser bastante importante para conseguir captar a atenção do consumidor.
- Orçamentos vão diminuir. Com menos dinheiro disponível para investir, o escrutínio sobre o retorno do marketing deve ser mais apertado em 2023. “Contudo, mesmo com um orçamento limitado, apostar numa estratégia de marketing emocional continuará a ser imprescindível para aproximar a empresa dos clientes”.
- Fim dos third-party cookies. É previsível que a Google realize este ano uma mudança já anunciada (e adiada), de forma a permitir que as empresas possam recolher informação diretamente junto dos consumidores, sem a ajuda dos cookies de terceiros.
- Dados vão orientar o storytelling. As marcas devem apostar numa resposta mais personalizada às suas necessidades em mudança constante, sendo que as histórias divulgadas devem ter dados factuais e pesquisas como base, em prejuízo de serem consideradas meras opiniões.
- Metaverso será fator de diferenciação. O metaverso têm-se tornado cada vez mais comum e parte da vida das pessoas, pelo que pode ajudar as marcas a chegar aos clientes. “Os profissionais de marketing devem inteirar-se desde já de todas as suas capacidades, vantagens e também potenciais riscos de segurança”, aconselha a Team Lewis.
- Vídeo terá importância crescente. Os jovens entre os 18 e os 25 anos consomem cerca de 3 a 4 horas diárias de conteúdo de vídeo, pelo que as marcas vão ter de perceber como aproveitar os recursos de vídeos para alcançarem as gerações mais novas.
- YouTube como motor de pesquisa. As estratégias das marcas devem ter em conta que o YouTube já é o segundo maior motor de pesquisa do mundo, o que ajuda a demonstrar a importância crescente do vídeo.
- Inteligência Artificial é cada vez mais importante. As ferramente baseadas em inteligência artifical – como o ChatGPT ou o DALL-E – vão permitir uma maior personalização dos conteúdos. As marcas deverão encarar a IA como um apoio e não uma ameaça.
- Realidade Aumentada ligará produtos e locais através de imagens trigger. Esta ligação irá servir de base para importantes experiências entre clientes e espaços comerciais físicos.
- Experiência de cliente vai ser mais envolvente e localizada. É cada vez mais notória a capacidade de interação entre marcas e clientes, nomeadamente através de troca de mensagens diretas e outras funcionalidades personalizadas em função de cada utilizador, como as suas necessidades, preferências ou localização.
- Streaming é cada vez mais importante. A par do que já acontece em alguns mercados asiáticos (como na China ou Coreia do Sul), os streams em direto serão um dos canais de comunicação mais eficazes nas estratégias de marketing online. “São altamente apetecíveis porque permitem às audiências interagir com celebridades e influenciadores de forma direta, através de um produto ou experiência”, ressalva a agência de comunicação.
- Recomendações de influenciadores são preponderantes. O nível confiança dos consumidores nos produtos é maior através das recomendações de influenciadores do que através de conteúdo pago ou publicidade, algo que se vai manter em 2023. Os pequenos influenciadores também vão ganhar relevância, por terem uma base de seguidores leais (e muitas vezes de nicho), o que interessa mais às marcas em detrimento da comunicação em massa.
- Redes sociais menos conhecidas serão fundamentais. Tem crescido o número de utilizadores de plataformas emergentes ainda não massificadas – como o Twitch, o Discord, o BeReal ou o Huya Live -pelo que estas podem contornar os algoritmos das redes sociais de maior dimensão e criar comunidades mais próximas e seguras.
- NFTs conquistaram o seu espaço. A sua popularidade ainda não é genenalizada entre o público, mas algumas empresas mais inovadoras deverão apostar nos NFTs (Tokens Não Fungíveis), de modo a alcançarem grupos mais específicos, de modo a que as marcas possam transparecer uma imagem de notoriedade e modernidade.
- Employee advocacy é importante. As empresas devem perceber que o marketing interno é tão importante com o marketing externo, sendo que a publicidade feita pelos seus próprios colaboradores pode ser uma ajuda relevante.
- O propósito das marcas vai ganhar relevância. Implementar o apoio a causas comunitárias na sua estratégia de negócios, de modo a beneficiar a comunidade onde as empresas se inserem, ajuda a alcançar e a demonstrar os seus valores à comunidade, além de que faz com que os colaboradores se sintam mais envolvidos.
- A conquista e retenção de clientes é crucial. Numa fase economicamente pouco favorável, é importante conseguir reter clientes, pelo que as marcas devem apostar em conhecer, envolver e comunicar com o consumidor.
- Inclusão deve ser uma prioridade. As diferentes incapacidades das pessoas devem ser tidas em conta na comunicação das marcas (e na formação dos colaboradores), sendo que “o objetivo é que a inclusão seja um dado adquirido, e não um bónus”.
- Abordagens sustentáveis atraem atenção positiva. Os consumidores exigem cada vez mais produtos sustentáveis e a transparências das cadeias de abastecimento, pelo que isso deverá ser tido em conta pelas marcas.
- O SEO [Search Engine Optimization] será empregue com maior frequência nas estratégias de comunicação. As marcas vão criar conteúdos para as suas plataformas online com uma mentalidade “SEO-first”, ou seja, preocupadas em fazer com que o conteúdo seja facilmente acessível ao público-alvo através de uma pesquisa nos motores de busca.
- Estratégias transversais vão otimizar o marketing. “A agregação de dados vai ajudar a eliminar os silos entre audiências e melhorar as jornadas dos clientes com as marcas”, revela-se no relatório.
- Vídeos de curta duração serão imprescindíveis. A integração da estratégia das marcas terá nos vídeos de curta duração uma ferramenta perentória. A enorme quantidade de informação disponível e a capacidade de atenção muito volátil do público faz com que os vídeos de curta duração desempenhem um papel cada vez mais relevante na captação da atenção dos consumidores. A necessidade de criar um storytelling envolvente neste formato torna-se, assim, óbvia.
- Anúncios nativos atraem 50% mais atenção do que os banners. “Se utilizados de forma eficaz e direcionados ao público correto, vão tornar-se numa das melhores formas de gerar um ROI [return on investment/retorno do investimento[ elevado”, preconiza a Team Lewis.
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