De Braga para Guimarães, Place Me quer ajudar mais universitários a encontrar casa

Empresa de Braga, que nasceu há sete anos com o objetivo de facilitar o alojamento da comunidade académica da Universidade do Minho, tem nos planos a abertura de uma agência em Guimarães.

Fundada em 2016 com o objetivo de facilitar a acomodação de estudantes nacionais e internacionais, investigadores, docentes e restante comunidade da Universidade do Minho (UM), a Place Me está sediada no campus de Gualtar da academia minhota e tem em carteira 160 imóveis, sendo que 55% estão direcionadas para o segmento de estudantes. Dos 88 quartos disponíveis, 40 são com despesas incluídas.

A empresa foi criada por Nuno Rémi, pelo grupo Edit Value e por Pedro Sanchez, todos com ligação à Universidade do Minho. Um ano depois, Júlio Lima, atual CEO, é convidado para assumir o projeto. Em 2020, Sanchez acaba por sair da sociedade por questões profissionais, sendo atualmente a estrutura societária da Place Me composta por Júlio Lima, que detém 51%, e pelo grupo Edit Value.

Júlio Lima, CEO da Place Me

“Já nessa altura se verifica uma dificuldade muito grande em encontrar uma casa ou um quarto nas devidas condições”, conta Júlio Lima, em entrevista ao ECO/Local Online. Passados sete anos deste a fundação, orgulha-se de a empresa ser “uma referência em Braga no mercado de arrendamento”.

Com a entrada deste antigo consultor imobiliário da Prediprado, a Place Me começou a atuar noutras áreas de negócio, nomeadamente na área da compra e venda. O CEO é licenciado em Administração Pública e pós-graduado em Economia Industrial e das Empresas pela Escola de Economia e Gestão da UM. Além dos imóveis direcionados à comunidade universitária, tem imóveis para venda. “O nosso propósito sempre foi o mercado de arrendamento, mas não deixamos de trabalhar outros tipos de mercado”, relata.

Em 2018, a Place Me implementou o serviço de gestão de arrendamento “GA365” e um dos objetivos da empresa no curto prazo passa pela digitalização deste serviço.

Place Me quer entrar em Guimarães

Perspetivando o futuro, o gestor revela ao ECO/Local Online que planeia abrir uma agência de mediação imobiliária na cidade Berço, num prazo de três a cinco anos. “Como a UM está dividida entre Braga e Guimarães, naturalmente iremos, mais cedo ou mais tarde, abrir em Guimarães”, salienta Júlio Lima, CEO da empresa que emprega cinco pessoas e faturou 183 mil euros no ano passado.

A Place Me ainda precisa consolidar os serviços e processos. Precisamos de amadurecer e ganhar algum músculo para pensar num processo de expansão, que terá que ser sempre orgânico, para outros locais, sempre com esta componente universitária porque, de outra forma, não fará sentido.

Júlio Lima

CEO da Place Me

“A Place Me é uma empresa que ainda precisa consolidar os seus serviços e processos. Precisamos de amadurecer e ganhar algum músculo para pensar num processo de expansão, que terá que ser sempre orgânico, para outros locais, sempre com esta componente universitária porque, de outra forma, não fará sentido. Dificilmente vai existir uma Place Me num sítio onde não exista uma universidade ou um campus universitário”, realça o CEO.

Júlio Lima lamenta que a área de mediação mobiliária seja um “setor pouco profissionalizado” e orgulha-se de oferecer um contrato de trabalho aos colaboradores e um salário ao qual acrescem comissões. “A Place acredita que tem que existir uma maior profissionalização nesta área. Pelo menos, o contrato de trabalho pode ser o início”, sustenta o CEO da empresa minhota.

Como está o mercado em Braga?

Um quarto, com despesas incluídas, em Braga custa, em média, 350 euros. Sem despesas incluídas, um quarto poderá custar entre 275 euros a 300 euros. “Como a procura é muito maior que a oferta, as pessoas procuram é a solução; não procuram a distinção entre um serviço e outro”, explica Júlio Lima, CEO da Place ME.

Os preços e rendas das casas e quartos estão a disparar. Já no início do ano, o ECO avançava que o cenário do mercado imobiliário nacional iria ser marcado por casas mais caras, rendas mais altas, proprietários mais flexíveis, maior procura pelo arrendamento e escassez de oferta.

Júlio Lima confirma a tendência e diz que, desde a criação da empresa, os “preços dos imóveis dispararam muito, tanto no âmbito do quarto como do apartamento”. Recorda-se de a agência ter quartos a 200 euros, que hoje custam mais cem euros. No que respeita aos apartamentos, a Place Me tinha T1 a 400 euros e hoje “dificilmente as pessoas encontram um apartamento com essa tipologia por menos de 500/550 euros — ou até mais”. Na ótica do jovem empresário, as tipologias mais pequenas (T1 e T2) foram as que sofreram uma maior inflação.

Júlio Lima conta ainda que no âmbito do arrendamento, quer no alojamento universitário, quer no mercado residencial “têm uma facilidade muito grande em arrendar os imóveis”. E que “dificilmente [tem] um imóvel em carteira mais que duas semanas”. Já no segmento de venda, os imóveis demoram cerca de dois meses a ser vendidos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

De Braga para Guimarães, Place Me quer ajudar mais universitários a encontrar casa

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião