Indústria do Entre Douro e Vouga “aquém do desejado” quanto a maturidade digital

  • Lusa
  • 10 Julho 2023

“O Entre Douro e Vouga ainda está longe do topo da digitalização”, diz Associação Empresarial do Concelho de Oliveira de Azeméis, apoiada por um estudo do INESC-TEC.

A indústria de metalomecânica e equipamentos para o setor automóvel, nos cinco municípios do Entre Douro e Vouga, está “aquém do desejado” em termos de maturidade digital, defendeu esta segunda-feira a Associação Empresarial do Concelho de Oliveira de Azeméis (AECOA).

Reportando aos setores da fabricação de produtos metálicos, da produção de máquinas para a indústria e da criação de equipamentos e acessórios para o ramo automóvel, essa conclusão resulta de um estudo desenvolvido pelo INESC-TEC – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, no âmbito de um projeto financiado pela AECOA e apoiado pela Associação Empresarial da Feira.

“O Entre Douro e Vouga ainda está longe do topo da digitalização”, revela fonte oficial da AECOA, sobre o território que, no distrito de Aveiro e na Área Metropolitana do Porto, abarca os concelhos de Arouca, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira, São João da Madeira e Vale de Cambra.

“Este trabalho apontou que estamos ainda bastante aquém do desejado, com a maioria das PME ainda na passagem da indústria 3.0 para a 4.0”, acrescenta a mesma fonte, reconhecendo algum atraso na adesão à chamada “quarta revolução industrial”, que se caracteriza por integrar um amplo sistema de tecnologias avançadas como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem.

Este trabalho apontou que estamos ainda bastante aquém do desejado, com a maioria das PME ainda na passagem da indústria 3.0 para a 4.0.

Associação Empresarial do Concelho de Oliveira de Azeméis (AECOA)

A AECOA gostaria que a evolução nesse sentido fosse mais rápida, mas defende uma caminhada “sem atropelos nem saltos entre etapas, pois todas elas são necessárias para uma evolução industrial com os pés bem assentes no chão”.

Foi definido, por isso, um “roteiro tecnológico dos passos que as empresas devem seguir de forma a não se atropelarem na ascensão necessária rumo a ferramentas, tecnologias, conhecimentos, software, etc., de âmbito 4.0”.

O plano do INESC-TEC inclui um conjunto de fichas tecnológicas e uma lista de práticas para a transformação digital, e a AECOA propõe-se disseminar essa informação pelas várias PME do território, no imediato, curto e médio prazo, de modo a potenciar a sua digitalização.

Esta ferramenta possibilita guiar as empresas, tendo em conta o estádio em que se encontram em termos de inovação 4.0, para que conheçam quais os passos a dar para atingirem os patamares seguintes, rumo à vanguarda tecnológica e aos métodos disruptivos que o mundo industrial e empresarial cada vez mais integra e exige”, diz a AECOA.

Os investigadores do INESC-TEC, envolvidos no projeto, salientam que as empresas do Entre Douro e Vouga se caracterizam pela sua “forte componente industrial e especialização produtiva, com uma invulgar dinâmica inovadora”. Acrescentam que o território é “impulsionado pela cooperação e pelas sinergias, e conta com a existência de setores com tecnologias de produção de elevada intensidade tecnológica”.

Esta ferramenta possibilita guiar as empresas, tendo em conta o estádio em que se encontram em termos de inovação 4.0, para que conheçam quais os passos a dar para atingirem os patamares seguintes, rumo à vanguarda tecnológica e aos métodos disruptivos que o mundo industrial e empresarial cada vez mais integra e exige.

Associação Empresarial do Concelho de Oliveira de Azeméis (AECOA)

Mesmo assim, os investigadores reconhecem que “grande parte” das empresas da região ainda está a dar “os primeiros passos rumo à indústria 4.0, preparando as suas infraestruturas de comunicação e apostando em novas tecnologias de produção para aumentar a eficiência, agilidade e sustentabilidade dos processos”.

A aceleração desse processo, acreditam os investigadores, contribuirá para a diferenciação e a qualificação das empresas do território, ajudando-as “no seu caminho até à transição verde e digital, criando resiliência e um futuro de crescimento sustentável”.

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