Douro, Tâmega e Sousa vão ter 187 milhões do PT2030 para apoiar empresas

Douro, Tâmega e Sousa recebem 187 milhões de euros do PT 2030, um reforço de 72% em relaçao ao anterior quadro comunitário. Apoiar empresas e criar centros tecnológicos entre os desafios.

A sub-região do Douro, Tâmega e Sousa vai receber 187 milhões de euros ao abrigo do Portugal 2030, mais 72% do que os 108 milhões do anterior quadro comunitário. Este reforço de dotação, que é “o maior registado no conjunto das oito sub-regiões que constituem a região Norte”, vai permitir dinamizar a economia deste território mediante o apoio às empresas e à criação de centros tecnológicos, avança ao ECO/Local Online o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa, Pedro Machado.

Numa sub-região caracterizada por setores económicos mais tradicionais, como a confeção, o mobiliário e ainda o calçado — este último concentrado em Felgueiras –, “a marca distintiva deve ser justamente o apoio às empresas” para as capacitar de ferramentas tecnológicas, defende o também autarca de Lousada. Para se tornarem mais competitivas e resilientes no mercado nacional e internacional “cada vez mais instável” e fazer face à atual dificuldade em recrutar mão-de-obra.

“Os fundos comunitários são essenciais para que as empresas consigam dar um passo em frente, se modernizarem e ficarem mais competitivas para conseguirem depois ter mais condições para acederem a outro tipo de mercados”, defende o autarca, em declarações ao ECO/Local Online.

Os fundos comunitários são essenciais para que as empresas consigam dar um passo em frente, se modernizarem e ficarem mais competitivas para conseguirem depois ter mais condições para acederem a outro tipo de mercados.

Pedro Machado

Presidente do Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa

A CIM do Tâmega e Sousa arrecadou 14% da dotação orçamental do Norte 2030 para as entidades intermunicipais, com o reforço de dotação a traduzir-se num crescimento significativo do investimento público e privado neste território que abrange 11 municípios: Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Penafiel e Resende.

Além do apoio às empresas, na lista de apostas do Douro, Tâmega e Sousa para o próximo quadro comunitário estão a regeneração urbana, a água e o saneamento, a transição digital, e a eficiência energética. Assim como a promoção do sucesso educativo, o combate à exclusão social e a requalificação de infraestruturas de educação, de cuidados de saúde primários, de equipamentos sociais e desportivos.

A distribuição dos 187 milhões de euros pelos 11 municípios foi já aprovada, por unanimidade, pelos 11 presidentes de câmara que constituem o Conselho Intermunicipal da CIM do Tâmega e Sousa, em reunião extraordinária. “Esta decisão unânime reitera, de forma categórica, o objetivo comum dos 11 municípios, que é a coesão territorial, ao permitir a continuidade do trabalho de diminuição das assimetrias económicas, sociais e demográficas”, frisa Pedro Machado.

Este reforço de dotação, que é o maior registado no conjunto das oito sub-regiões que constituem a região Norte, vai traduzir-se num crescimento significativo do investimento público e privado neste território.

Pedro Machado

Presidente do Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa

Este envelope financeiro também significa uma vitória para esta sub-região. “O valor negociado para o próximo quadro comunitário vem dar eco às reivindicações desta CIM junto de diversas tutelas, ao longo dos últimos anos, permitindo, assim, contrariar uma evidência, que é o facto de esta ser a sub-região do Norte com menor apoio comunitário por habitante”. Agora, o território sai beneficiado com um “reforço de dotação, que é o maior registado no conjunto das oito sub-regiões que constituem a região Norte”, garante.

Esta verba será formalizada através de um contrato de desenvolvimento e coesão territorial, entre a CIM do Tâmega e Sousa e a Autoridade de Gestão do Norte 2030. Resulta de uma negociação entre a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) — entidade gestora do Norte 2030 –, e as oito entidades intermunicipais da região Norte. São elas a Área Metropolitana do Porto (AMP) assim como CIM do Alto Minho, Alto Tâmega e Barroso, Ave, Cávado, Douro, Tâmega e Sousa e Terras de Trás-os-Montes.

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