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Guerra pela Cofina. MBO e Media Capital separados por 800 mil euros

António Costa,

Já são conhecidos os termos das duas propostas apresentadas pela compra de 100% do grupo que tem o Correio da Manhã, mas o negócio de venda ainda não é certo.

Agora já são conhecidos os números das ofertas concorrentes pela compra de 100% da Cofina. Segundo um comunicado ao mercado, a oferta dos quadros da empresa (MBO) em consórcio com Cristiano Ronaldo e alguns acionistas atinge um valor de 56,8 milhões de euros, enquanto a proposta apresentada pela Media Capital atinge, no máximo, 56 milhões de euros. Mas a administração da Cofina SGSP, a empresa cotada que tem 100% da Cofina Media, esclarece que “não foi tomada, à presente data, qualquer decisão de alienação, ou não, das Ações da Cofina Media a um dos Potenciais Compradores“.

  1. A BAFO apresentada pelo MBO tem por referência um Equity Value [capital] da Cofina Media de EUR 56.793.428,97 (cinquenta e seis milhões e setecentos e noventa e três mil e quatrocentos e vinte e oito euros e noventa e sete cêntimos);
  2. A BAFO apresentada pela Media Capital tem por referência um Equity Value da Cofina Media de (i) EUR 54.454.922,00 (cinquenta e quatro milhões e quatrocentos e cinquenta e quatro mil e novecentos e vinte e dois euros); ou (ii) o equivalente ao preço de qualquer proposta concorrente recebida pela Cofina, até às 16:30 horas do dia 15 de setembro de 2023, acrescido de 5% (cinco por cento), até ao limite de EUR 56.000.000,00 (cinquenta e seis milhões de euros);

Terminava esta sexta-feira, dia 15 de setembro, a data para a apresentação das chamadas Best and Final Offers (BAFO), depois de um período em que os dois concorrentes, o MBO liderado por Luís Santana e Octávio Ribeiro associado a atuais acionistas como Paulo Fernandes e Domingos Matos e a Cristiano Ronaldo, e a Media Capital liderada por Mário Ferreira já tinham apresentado propostas de 75 milhões e 80 milhões de euros, respetivamente, mas tendo em conta o chamado Enterprise Value (EV), que incluía capital e uma dívida de 45 milhões de euros, valor este que não terá sido aceite pelos bancos credores da Cofina. Agora, as propostas valorizam a oferta pelo valor do capital a pagar aos acionistas, e revelam um aumento significativo a pagar aos acionistas em ambas as propostas, segundo este comunicado.

Assim, de acordo com o comunicado da empresa vendedora, a Cofina SGPS vai decidir a venda da Cofina Media em função de três critérios, mas só o preço oferecido é conhecido.

  1. A contrapartida oferecida pelas Ações da Cofina Media;
  2. As respetivas condições contratuais propostas;
  3. E o plano estratégico que os Potenciais Compradores pretendem implementar.

A Cofina reserva-se, ainda assim, a possibilidade de não avançar com a venda da companhia. “A Cofina dará oportunamente conhecimento ao mercado dos desenvolvimentos subsequentes e relevantes deste processo”.

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