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Rosália Amorim vai ser a nova diretora da TSF

António Costa,

No dia seguinte a uma greve histórica na TSF, a nova administração da Global Media liderada por José Paulo Fafe anunciou que Rosália Amorim vai ser a nova diretora.

A recém-nomeada administração da Global Media, liderada agora em termos executivos por José Paulo Fafe, anunciou ao conselho de redação da TSF que Rosália Amorim vai ser a nova diretora editorial, saindo assim do Diário de Notícias (DN). Rui Gomes, antigo jornalista da rádio, já tinha sido anunciado como diretor-geral. Estes anúncios surgem no dia seguinte a uma greve histórica na TSF, a primeira em 35 anos, depois da demissão do jornalista Domingos Andrade.

A nomeação foi confirmada em comunicado de imprensa pelo Conselho de Administração do Global Media Group, que adiantou que Artur Cassiano assumirá a função de subdiretor.

Na sequência da nomeação de Rosália Amorim, a direção do DN é assumida interinamente pelo jornalista Leonídio Paulo Ferreira.

Estas mudanças surgem assim depois de uma greve “total” na TSF – a primeira em 35 anos – feita esta quarta-feira, na qual os trabalhadores reivindicavam aumentos salariais, o pagamento pontual de vencimentos e a manutenção da direção de Domingos Andrade, que foi substituído por Rui Gomes.

Sobre esta saída, os trabalhadores dizem que apenas tiveram conhecimento da mesma por comunicado, sendo que a substituição foi feita sem que tivesse sido auscultado o Conselho de Redação, que por lei deve pronunciar-se sobre a designação ou demissão do/a diretor/a.

“O que estamos aqui hoje a pedir, e que foi aprovado em plenário de forma unânime, é que nos respeitem. E, pela primeira vez em 35 anos, desligámos o microfone. Temos a garantia que hoje, durante todo o dia, não haverá notícias na TSF”, disse Filipe Santa-Bárbara, jornalista da TSF em representação dos trabalhadores em protesto, durante a greve desta quarta-feira.

Este protesto hoje é da TSF, mas na verdade é um protesto pelo jornalismo em Portugal. É mostrar que apesar dos sucessivos cortes no jornalismo no panorama mediático do país ao longo de todos estes anos, nunca nos juntámos para fazer uma greve, apesar de sermos cada vez menos a fazer jornalismo”, acrescentou o jornalista.

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