Prémio Gazeta ‘ex aequo’ para Pedro Caldeira Rodrigues da Lusa e Miguel Carvalho da Visão
O júri dos prémios Gazeta 2022, que conta com o apoio da Câmara de Lisboa, avaliou este ano quase 90 trabalhos.
O jornalista da Lusa Pedro Caldeira Rodrigues e da Visão Miguel Carvalho ganharam ‘ex aequo’ o prémio Gazeta da Imprensa, com o conjunto de reportgens “Chove em Kiev” e a reportagem “O braço armado do Chega“, respetivamente.
De acordo com o comunicado do Clube de Jornalistas, que anunciou hoje os vencedores dos prémios Gazeta 2022, Pedro Caldeira Rodrigues e Miguel Carvalho ganharam ‘ex aequo’ o prémio Gazeta de Imprensa.
Pedro Caldeira Rodrigues, da agência Lusa, “é autor de um conjunto de reportagens sob o título genérico ‘Chove em Kiev’, sendo as primeiras anteriores à invasão russa, fundamentais para contextualizar a situação e compreender a natureza do conflito”, lê-se no comunicado.
Miguel Carvalho “assinou na revista Visão uma corajosa reportagem — ‘O braço armado do Chega’, publicada em 17 de novembro de 2022 — sobre a militância de profissionais da PSP e da GNR no partido, legalmente proibida”.
Já o prémio Gazeta de Mérito foi atribuído a Ana Sousa Dias, “detentora de uma sólida carreira jornalística, que deixou a sua marca em diversos meios”, refere o Clube de Jornalistas, recordando que a jornalista “estreou-se no Vida Rural, passou por diversos jornais — Diário de Notícias, o Diário, Expresso, Público e Jornal de Notícias — e pela agência Lusa”.
Destaca-se ainda “o programa de entrevistas ‘Por outro lado’, distinguido com o Gazeta em 2003”, que “representou a sua estreia em televisão”, tendo ainda assinado “trabalhos na Antena 1 e Antena 2, RCP e TSF”.
Atualmente é provedora do telespetador da RTP.
Amélia Moura Ramos foi galardoada com a Gazeta de Televisão, “graças à reportagem ‘A roupa dos brancos mortos’, emitida no Jornal da Noite da SIC de 12 de maio de 2022”.
Este trabalho, “levado a cabo no Gana e em Portugal, revela o circuito do vestuário que depositamos para caridade. A transação de roupa que o Ocidente deita fora tem muito para desvendar. Paulo Cepa (repórter de imagem), Luís Gonçalves (editor de imagem), Pedro Morais (grafismo), Diana Matias e Ângela Rosa (produção editorial) integraram a equipa de reportagem”, lê-se no comunicado.
A Gazeta de Rádio foi atribuída a Paula Borges, por ‘Na arte de resistir — Somos Moçambique’, reportagem emitida pela RDP África a 02 e 04 de novembro de 2022, centrada na identificação das soluções para a recuperação de zonas afetadas por catástrofes naturais e conflitos”.
Da equipa, que visitou várias regiões do país, fizeram também parte o jornalista moçambicano Orfeu de Sá Lisboa e o sonorizador Paulo Cavaco.
O prémio Gazeta de Multimédia foi atribuído a Inês Rocha, autora de “Quis saber se o RGPD funciona. Então, fiz ‘download’ da minha vida”. Trata-se de um trabalho publicado pela Rádio Renascença em 19 de abril de 2022 sobre “onde andam os nossos dados? Que dados as empresas guardam sobre nós? Até onde nos leva a nossa pegada digital?”.
Neste trabalho foram contactadas mais de 70 entidades.
A Gazeta de Fotografia foi para João Porfírio, do Observador, “pelo conjunto de imagens enquadradas na reportagem ‘Ucrânia — Os primeiros 75 dias de guerra’, divulgadas entre 24 de fevereiro e 13 de junho de 2022, acompanhando a par e passo a fase inicial do conflito bélico com a Rússia, ainda em curso” e o prémio Gazeta Revelação para Daniel Dias.
Este último é “autor do texto da reportagem ‘Há caçadores de água da neblina que querem criar novas florestas em Portugal’, publicado a 10 de novembro de 2022 no Público, sobre um projeto ibérico centrado na recuperação de territórios afetados por incêndios, que está a ser desenvolvido em Carregal do Sal. A fotografia e o vídeo são da autoria de Tiago Bernardo Lopes”, refere o Clube de Jornalistas.
Por último, a Gazeta de Imprensa Regional, atribuído pela direção do Clube de Jornalistas (CJ), foi para “Mensageiro de Bragança, semanário diocesano regionalista fundado em 01 de janeiro de 1940, que se institui como veículo de ligação à comunidade transmontana residente na cidade, noutras zonas do país e no estrangeiro”.
O júri dos prémios Gazeta 2022, que conta com o apoio da Câmara de Lisboa e apreciou este ano quase 90 trabalhos, é composto por Eugénio Alves (CJ), que presidiu, Cesário Borga (CJ), Eva Henningsen (Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal), Elizabete Caramelo (professora universitária), Fernando Cascais (professor universitário e formador do Cenjor), Jorge Leitão Ramos (crítico de cinema e televisão), José Rebelo (professor emérito do ISCTE), Inácio Ludgero (fotojornalista), Dina Soares (Jornalista) e Paulo Martins (jornalista e professor universitário).
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