Trabalhadores da RTP marcam nova greve de sete dias a partir de sábado
Esta é a terceira greve seguida nos mesmos moldes levada a cabo pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (Sinttav) enviou um novo pré-aviso de greve à RTP, de mais sete dias, a partir de sábado, adiantou, num comunicado divulgado esta sexta-feira.
A estrutura sindical indicou que “enviou à RTP um pré-aviso de greve de 07 dias, abrangendo todos os trabalhadores da RTP, com início às 00:00 horas do dia 28 de outubro de 2023 até às 23:59 do dia 03 de novembro de 2023”.
Segundo o Sinttav, no dia 03 de novembro, a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, vai marcar presença “num plenário geral de trabalhadores da RTP, junto aos portões do Centro de Produção do Norte em Vila Nova de Gaia”.
Durante o mês de novembro, o sindicato irá “iniciar um conjunto de plenários envolvendo trabalhadores do continente e ilhas para preparar novas reivindicações”.
O Sinttav recordou ainda que “se mantém em vigor, por tempo indeterminado, a greve a todo e qualquer tipo de trabalho prestado em dia feriado bem como a todo o trabalho suplementar”.
Na semana passada, o Sinttav prometeu continuar a marcar paralisações até o Conselho de Administração da RTP “se sentar à mesa”.
Em declarações à Lusa, nessa altura, Nelson Silva, dirigente do Sinttav e trabalhador da RTP, referiu que a greve é de “impacto” e voltou a denunciar “ameaças” recebidas pelos trabalhadores.
“A greve está a ter a adesão que nós esperávamos, ou seja, adesões cirúrgicas em grupos”, indicou, destacando que as pessoas se “organizam como entendem”.
“Até aqui as greves que a RTP fazia eram diferentes, ou seja, era um dia marcado” sendo que o canal “gravava os programas e nesse dia emitia os programas” que tinham sido gravados.
“Isso é muito cómodo para um Conselho de Administração, porque assim não preciso de negociar”, destacou, acrescentando que “era gozar com os trabalhadores” e indicando que esta paralisação, nos moldes atuais, é mais imprevisível.
Segundo Nelson Silva, as greves “só vão ser levantadas quando este Conselho de Administração se sentar à mesa com o sindicato, com uma base negocial sólida”, assegurou.
Esta é já a terceira greve seguida nos mesmos moldes levada a cabo pelo sindicato.
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