Um guia para marketeers sobre as tendências do TikTok em 2024, segundo a própria rede social
A aposta em conteúdos relevantes e que despertem a curiosidade, em narrativas "intrigantes" e numa adaptação à linguagem da plataforma são algumas das recomendações.
Aguçar a curiosidade do público e investir na narração de histórias e na construção de confiança. É nisso que as marcas e marketeers devem investir este ano no TikTok, tendo em conta as tendências na rede social, segundo o What’s Next 2024, a quarta previsão anual de tendências partilhada pela rede social.
Tendo por base “trend signals” – padrões de conteúdo que mostram comportamentos e interesses emergentes – o relatório divulga assim as tendências que vão marcar 2024 e que podem ajudar as marcas a orientar a sua estratégia de conteúdo a longo prazo na plataforma.
Segundo o TikTok, este ano a comunidade da rede social vai adotar uma “mentalidade transformadora”, a “creative bravery“. “Alimentadas por um misto de curiosidade, imaginação, vulnerabilidade e coragem, as marcas que demonstrarem creative bravery no TikTok construirão ligações mais profundas com a comunidade”, refere-se no estudo.
“As marcas que alcançarão mais sucesso serão aquelas que regularmente despertarem a curiosidade global, subvertendo as narrativas tradicionais e aprofundando a confiança com as suas audiências“, acrescenta-se.
Segundo o relatório, os utilizadores entram no TikTok predispostos a novas descobertas e a serem confrontados com conteúdos ou temas que nem sabiam que gostavam, refere o relatório, adiantando que, segundo dados de 2023, 44% daqueles que entraram na plataforma para ver algo em específico acabaram por descobrir algo que não tinham intenção. Neste sentido a rede social sublinha a importância da aposta em conteúdo “hiper-relevante, agradável e útil que desperte a curiosidade” – curiosidade que nem o próprio utilizador “sabia que tinha”.
A pesquisa tradicional por respostas diretas vai ser cada vez mais substituída por descobertas imersivas e dinâmicas, orientadas pelas marcas e criadores de conteúdo. Assim, o TikTok aconselha aos marketeers que estimulem a ação durante a “jornada de descoberta do público” através da criação de conteúdo “alinhado com as suas necessidades e curiosidades”.
O “What’s Next 2024” também chama à atenção para o facto de as barreiras geográficas ou culturais serem cada vez mais uma “coisa do passado”, com as tendências a serem algo crescentemente mais global, o que permite uma “escala cada vez maior”.
Também a crescer em importância encontra-se a narração de histórias. Tendo em conta que no TikTok “todos podem ter uma voz”, isso levou a uma explosão de criatividade na narração de histórias nos mais diversos formatos, onde as comunidades até inventam celebridades e narrativas fictícias. Isto coloca em causa a perspetiva tradicional do storytelling, pelo que outra tendência deve passar pela aposta em narrativas “intrigantes”.
“As estruturas narrativas intrigantes guiam os espectadores além dos primeiros segundos. Os anúncios que visam deixar os utilizadores curiosos mantêm-nos a assistir por um tempo 1,4 vezes superior”, refere-se no estudo.
Neste sentido, o relatório aconselha também os marketeers a dar espaço à comunidade da rede social para “moldar a identidade e narrativa da marca” e convidá-la à cocriação, através da incorporação de sugestões ou comentários do público.
Conforme é referido no estudo, continua a existir uma falta de confiança entre os consumidores e as marcas, com o público a procurar um envolvimento que vá para lá da venda única e que as marcas liderem uma “mudança social positiva e transparente”.
“Para as marcas, é fundamental considerar cada campanha e conteúdo orgânico como uma oportunidade para partilhar, ouvir e aprender, construindo confiança e valores de marca de forma a gerar uma lealdade mais profunda dentro e fora da plataforma”, refere-se no relatório.
Neste sentido, e tendo em conta que o público é cético em relação a marcas que comunicam na plataforma de uma foram “aspiracional” e “excessivamente refinada”, os marketeers devem “compreender e adaptar-se à linguagem da plataforma”, o que viabiliza uma maior conexão com o público. “Isso permite que os utilizadores percebam que não estamos aqui apenas para vender, estamos para ouvir, rir e criar em conjunto com eles”, refere-se no What’s Next 2024.
Esta quarta-feira, a empresa Universal Music Group (UMG), uma das maiores editoras discográficas do mundo, disse vai retirar as suas composições da rede social TikTok, devido a desacordos sobre um novo contrato com a firma chinesa.
A Universal acusa o TikTok de utilizar táticas de intimidação para a forçar a aceitar um contrato “menos justo e menos valioso” do que o atual e de querer pagar menos aos artistas do que outras redes.
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