Como vai estar o país a 11 de março? ECO magazine já nas bancas
O ECO é agora também uma edição mensal, premium, em papel, com a assinatura “A ECOnomia nas suas mãos” e o mesmo compromisso com os leitores. A terceira edição já está nas bancas.
A 10 de março o país vai a votos, mas que cenários governativos podemos antecipar depois do fecho das urnas? Com que linhas de apoio será formado o futuro Executivo?
António Barreto, o grande entrevistado na nova edição do ECO magazine, defende um cenário de Bloco Central, mas admite que essa não é uma posição consensual: “Toda a gente é contra o Bloco Central, menos eu”, atira numa entrevista onde escalpeliza a política nacional e o momento do país.
Os vários cenários pós-legislativas são ainda analisados num especial onde ouvimos analistas políticos e politólogos sobre o que pode reservar o futuro depois de 10 de março. E analisamos se a almofada orçamental para 2024 será suficiente para acomodar as promessas eleitorais dos partidos.
Nas suas mãos terá ainda as opiniões de antigos dirigentes políticos António José Seguro (PS) e Assunção Cristas (CDS-PP) sobre os maiores desafios que o país enfrenta. Mas também a análise do economista Ricardo Santos sobre a evolução da economia nacional e do empresário Miguel Stilwell (CEO da EDP) sobre os desafios ao nível da energia e, por fim, uma reflexão de Daniela Braga (CEO da Defined.ai) sobre o impacto da Inteligência Artificial (IA).
Como as empresas nacionais estão já a experimentar e a tirar partido da IA, uma reportagem à ‘gigante do vidro’ BA Glass, a maior produtora portuguesa de embalagens de vidro e o quarto maior operador deste setor a nível mundial, são outros dos assuntos que pode ler nesta nova edição.
A evolução do imobiliário comercial em 2024; investir em ouro em momentos de incerteza e uma análise à capacidade do ecossistema de empreendedorismo nacional de ver nascer novos unicórnios com ADN português são ainda temas que pode encontrar nesta nova edição onde ‘descodificamos’ também o TGV.
O ECO magazine traz também os contributos das diversas marcas que fazem parte do universo ECO. Como as empresas estão a dar apoios à habitação aos colaboradores para atrair talento (Trabalho by ECO); como as autarquias combatem o inverno demográfico (Local Online); como poderá evoluir este ano a aposta das empresas nas obrigações verdes (Capital Verde); vale a pena para as PME investir em fundos de pensões para os trabalhadores? (ECO Seguros); as vantagens dos custos simplificados na obtenção de investimento de fundos (Fundos Europeus); as expectativas sobre a evolução das operações de M&A em 2024, segundo as sociedades de advogados (Advocatus); e a necessidade da regulação do lobbying, adiada para a próxima legislatura (+M) são os temas que poderá ler na edição de fevereiro.
E depois dos negócios, ficam as sugestões de business & leisure da Time Out, parceira editorial do ECO.
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Editorial
A liberdade de decidir sem deitar tudo a perder
Quando, em 2015, António Costa criou uma nova fórmula política que permitia que um partido que perdesse as eleições viesse, ainda assim, a ser Governo, mudaram as regras do jogo ou, como diz o ainda primeiro-ministro, rompeu-se uma parede. Infelizmente. Mas houve outra mudança política, essa sim muito mais importante, e que é crítico que não desapareça no novo ciclo político: As contas certas.
As contas certas são, acima de tudo, um slogan, pela forma como lá se chegou, como um fim e não como um meio para outro objetivo, mas encerram um princípio que não pode ser desbaratado, isto é, o excedente orçamental, especialmente o excedente primário (sem juros) e a capacidade de reduzir o peso da dívida pública em percentagem da riqueza criada no país.
A herança da geringonça é terrível, a herança do excedente orçamental deve ser preservada para atuais e para as gerações futuras. Mal ou bem — e há muito a criticar, desde logo o estado dos serviços públicos —, Portugal encerrou 2023 com excedente e uma dívida inferior a 100% do PIB. Fugimos aos lugares de risco da zona euro, a países como a Itália e a Grécia, e isso foi reconhecido pelas agências de rating e pelos investidores, que cobram menos a Portugal do que a Espanha, por exemplo, quando compram dívida da República. Qual é a vantagem? Menos juros, são menos encargos do orçamento, e mais fundos para outras opções políticas.
O próximo Governo, qualquer que ele seja, vai ter uma liberdade de decisão política que há muito não existia, pelo
menos, desde o início do século. Sim, José Sócrates gastou como se tivesse toda a liberdade do mundo, responsabilizou Bruxelas por um incentivo à despesa que só existia para os países que tivessem orçamento para isso, e acabou a levar-nos à bancarrota. O Governo de Pedro Passos Coelho tirou-nos da troika e nestes oito anos, Costa percebeu que tinha de recuperar, para o PS, a marca de um partido com responsabilidade orçamental. E se houve
alguma coisa que conseguiu fazer foi mesmo isto. Faltou (quase) tudo o resto. Mas essa liberdade pode e deve ser aproveitada para a apresentação de projetos alternativos, responsáveis, e que têm de ter como prioridade o crescimento da economia. Só depois será possível redistribuir.
Agora, com as eleições à vista, é absolutamente crítico exigir que os partidos apresentem as contas das promessas, muitas, que andam a fazer. Seria inaceitável deitarem fora o que foi o sacrifício de milhões de contribuintes que suportam das mais elevadas cargas fiscais da OCDE, mas a responsabilidade também é dos eleitores que devem escrutinar tantas promessas.
E, no dia 10, não devem ceder ao caminho mais fácil, aquele que dá tudo a todos, como se o país tivesse descoberto, subitamente, petróleo no Beato.
António Costa
Diretor do ECO
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