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Dono da Nova Expressão quer agências de meios juntas em apenas uma associação

Carla Borges Ferreira,

"As agências de meios representam um investimento de cerca de 600 milhões de euros. Há poucas associações que representam este volume e, no entanto, não há um interlocutor claro", diz Pedro Baltazar.

A Nova Expressão, agência de meios de Pedro Baltazar, voltou a integrar em março a Associação Portuguesa de Agências de Meios (APAME), da qual tinha saído em 2019. Este retorno tem como principal objetivo “a união de todas as agências de meio em torno de uma única associação, o que permitiria garantir-lhe uma posição mais forte, maior capacidade de intervenção em assuntos estratégicos e maior presença nos meios de comunicação, dando assim maior relevo a esta indústria“.

As agências de meios estão, desde 2013, divididas em duas associações. Há por um lado a APAME, a associação mais antiga, e a APEIP (Associação Portuguesa das Empresas Gestoras de Investimentos Publicitários), criada pelo Omincom Media Group e pelo GroupM, duas multinacionais que deixaram há cerca de uma década a APAME e se uniram na nova estrutura.

Na primeira, a APAME, continuaram as agências do grupo HAvas, Dentsu e Mediabrands, que exercem de forma rotativa a presidência, e ainda as agências do grupo Publicis, a Media Gate e as respetivas centrais de compras.

“As agências de meios, em conjunto, representam um investimento de cerca de 600 milhões de euros. Há poucas associações que representam este volume e, no entanto, não há um interlocutor claro, ninguém sabe bem com quem pode falar”, justifica ao +M.

O dono da Nova Expressão adianta que vai colocar oficialmente a questão na próxima assembleia-geral da APAME, órgão ao qual presidiu até 2019 enquanto representante da agência de meios e de lá em diante como representante da Powermedia, central de compras de que a Nova Expressão é associada. “Não posso iniciar os contactos, enquanto APAME não tenho representatividade para iniciar conversas, mas posso defender publicamente o tema“, diz.

Pedro Baltazar acredita que as agências, unidas em apenas uma associação e com “uma interlocução ao mesmo nível da das restantes associações”, podem assumir posições e uma comunicação clara tanto com os grupos de media como com os clientes, ganhando assim força em todas as frentes. Falar a uma única voz é particularmente importante num contexto em que a indústria enfrenta grandes alterações com os consequentes desafios, fundamentalmente relacionados com a inovação tecnológica. “É muito mais o que nos une do que o que nos separa”, reforça o responsável.

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