Energia para mudar e poupar

  • Luiza Galindo
  • 29 Maio 2024

Às marcas líderes cabe não só escolher a sustentabilidade, mas também torná-la numa escolha óbvia para os seus clientes, juntando-lhe atributos como a poupança ou a conveniência.

Hoje, a necessidade de adotar práticas sustentáveis é mais premente do que nunca. A busca por fontes de energia 100% verdes não é apenas uma opção viável, mas uma responsabilidade inescapável para garantir o nosso futuro coletivo. Neste contexto, as empresas e as marcas em Portugal têm um papel crucial, não só na adoção de práticas sustentáveis: marcas líderes devem liderar pelo exemplo e aproveitar a sua posição para, de várias formas, inspirar mudanças positivas.

Os consumidores, com razão, estão cada vez mais empenhados e mobilizados para estes temas. Reconhecem que todos temos uma casa comum a cuidar, uma responsabilidade para com as nossas florestas e para com os nossos mares, e compromissos que assumimos enquanto País, perante a União Europeia e várias organizações internacionais, e que temos de levar avante. Para alcançarmos a neutralidade carbónica, temos de contar com a ação de todos. Mas temos também de pensar que nem todos têm as ferramentas necessárias para operar as mudanças de que precisamos.

A responsabilidade é ainda maior para os líderes. Um verdadeiro líder não olha de cima para a concorrência, para o mercado e para os consumidores. Olha para a frente, desbrava caminho, cria novas oportunidades e aponta rumos para todos aqueles que o seguem. Por isso, às marcas líderes cabe não só escolher a sustentabilidade, mas também torná-la numa escolha óbvia para os seus clientes, juntando-lhe atributos como a poupança ou a conveniência, fundamentais para motivar qualquer mudança.

O mercado português está pronto para a mudança de paradigma que temos à nossa frente. Há uma clara disposição para seguir esta direção de sustentabilidade, e há apoio e vontade sérias, da parte dos consumidores, para adotarem práticas mais ecológicas. Os preços, contudo, continuam a ser o principal obstáculo. Mais de 60% dos inquiridos de um estudo da Kantar, no ano passado, diziam que escolhas sustentáveis eram mais caras, e que esse preço acrescido representava um entrave.

O Dia Mundial da Energia, que hoje se assinala e dentro de alguns anos se tornará, certamente, no Dia Mundial da Energia Verde, é uma boa oportunidade para refletirmos sobre este desafio. Os consumidores estão disponíveis e prontos para mudanças que contribuam para o bem-estar do planeta, mas esperam das empresas e das marcas verdadeiros incentivos a esta transição energética. Se digitalização e sustentabilidade significam redução de recursos e de gastos, então passar esses benefícios para os consumidores é a melhor forma de os inspirar e convidar a contribuírem para o futuro.

As empresas têm que aproveitar este momento de predisposição para fortalecerem os seus compromissos com a transição energética, e para mostrar aos consumidores que ser verde não é apenas bom para o planeta, mas também para as suas carteiras. Cabe às marcas – ainda mais às marcas líderes – continuarem a inovar, a competir por melhores soluções, a pensar no planeta, sem deixarem de colocar os seus clientes em primeiro lugar.

  • Luiza Galindo
  • diretora de marketing e Comunicação do Meo

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