Impresa fecha semestre com prejuízo de 4 milhões
A SIC, que apresenta contas autónomas, duplicou os lucros, para 1,3 milhões. As receitas do grupo também dono do Expresso cresceram 0,7% e os custos reduziram 1,2%. O prejuízo está em linha com 2023.
A Impresa, dona da SIC, terminou o semestre com um prejuízo de 4 milhões, em linha com o registado em 2023. Apesar do resultado líquido negativo idêntico ao do período homólogo, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) subiu 57,7%, para os 4,5 milhões de euros, com uma margem de 5,2%, e o EBIT (lucros antes de Juros e imposto) situou-se nos 2,2 milhões, um crescimento de 235,3%. O resultado líquido da SIC, que apresenta contas à parte, foi de 1,3 milhões de euros, uma melhoria de 116,7%.
“Apesar desses indicadores, o resultado líquido da Impresa foi de -4 milhões, o mesmo valor alcançado no primeiro semestre de 2023, já que é na estrutura do Grupo que são consolidados os custos financeiros”, justifica a também dona do Expresso, que entregou esta quarta-feira as contas na CMVM.
As receitas do grupo aumentaram 0,7%, para 86,6 milhões de euros, com a televisão a gerar rendimentos na ordem dos 74,6 milhões (+1,7%) e a área de publishing a situar-se nos 11,2 milhões (-7,2%). Os custos operacionais diminuíram 1,2% para os 82,1 milhões de euros.
“A venda de conteúdos e as receitas publicitárias contribuíram para este crescimento. Os custos operacionais, sem considerar amortizações, depreciações, provisões e perdas por imparidade em ativos não correntes, mantiveram a tendência decrescente, com uma redução de 1,2% face ao mesmo período do ano anterior. O Grupo melhorou o seu desempenho operacional em todos segmentos, o que se refletiu no reforço das margens”, aponta o grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão.
A dívida remunerada líquida cifrou-se em 142,8 milhões de euros, uma redução de 1,7% face ao final de junho de 2023.
A SIC, que consolida na Impresa mas apresenta contas autónomas, duplicou os resultados líquidos, que são no semestre de 1,3 milhões (+116,7%), com um EBITDA de 4,5 milhões (+30,7%) e margem de 6,1%. As receitas situaram-se nos 74,6 milhões de euros (+1,7%) e os custos operacionais nos 70,1 milhões (+0,3%)
Na área de publishing, as receitas foram então de 11,2 milhões de euros (-7,2%) e os custos operacionais fixaram-se nos 10,3 milhões (-9,3%). A margem do EBITDA aumentou de 5,3% para 7,4%, realça o grupo, com o EBITDA a situar-se nos 800 mil euros (+29,4%).
Na área Outras, o EBITDA é negativo em 800 mil euros, uma melhoria de 31,8%.
“Na segunda metade do ano, além de manter uma gestão eficiente dos custos, a Impresa continuará a consolidar as suas parcerias estratégicas e a apostar em projetos que visem acelerar a transformação digital, incluindo o aproveitamento dos muitos aspetos positivos da inteligência artificial, e diversificar as fontes de receita”, escreve o grupo, que destaca o áudio, “que com um crescimento de 77% no acumulado de downloads registados nos primeiros meses de 2024, viu a sua receita aumentar também acima dos 76% relativamente ao 1.º semestre de 2023″, escreve o grupo.
“No segundo semestre, daremos continuidade aos vários projetos em curso. Por um lado, vamos continuar a trazer mais valor para anunciantes e agências, reforçando a nossa posição enquanto grupo em Portugal com mais investimento publicitário. Por outro, vamos manter a nossa estratégia de expansão digital e diversificação de fontes de receitas, nomeadamente através da concretização de apostas já anunciadas como a realização do Tribeca Festival em Lisboa e a nossa nova parceria na área da bilhética com a BOL“, acrescenta Francisco Pedro Pedro Balsemão, CEO do grupo.
Já em julho, a SIC concluiu a oferta pública de subscrição de Obrigações SIC 2024-2028 e a oferta pública de troca de Obrigações SIC 2021-2025. A operação teve uma procura de 54,2 milhões de euros, representativa de 1,13 vezes o valor da oferta, recorda a Impresa.
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