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A memória humana apenas regista um em cada dez anúncios. Desperdício estimado é de 22 mil milhões de dólares, revela estudo

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Para perdurar na memória humana, um anúncio deve não só ser de fácil compreensão, estar associado a algo conhecido e ser de fácil conexão emocional, mas também ser repetido várias vezes.

A mente humana continua a ser repleta de mistérios, sendo a memória e o seu funcionamento um deles. Dentro da área do marketing, quase 90% dos anúncios não são lembrados, o que se traduz num desperdício anual estimado de 22 mil milhões de dólares. O ponto positivo a reter é que embora nove em cada 10 anúncios sejam apagados, há um que vai ser permanecer na memória das pessoas.

As conclusões são do estudo “Cracking the Memory Code“, da VCCP, que adianta que a memória é trabalhada principalmente a partir da repetição. Para ser eficaz e perdurar na memória humana, um anúncio deve não só ser de fácil compreensão, estar associado a algo conhecido e ser de fácil conexão emocional, mas também ser repetido várias vezes.

No entanto, para que as mensagens não se tornem repetitivas e sejam ignoradas, devem ser agregados novos interesses a essas mensagens, sendo que mesmo o marketing mais eficaz leva cerca de seis meses a fazer-se refletir nas vendas de uma marca, sublinha-se no documento.

Ainda segundo o estudo, a ideia de que quanto mais gostamos de uma coisa, mais nos lembramos dela, também não corresponde à realidade. Na verdade, quanto mais nos lembramos de uma coisa, mais gostamos dela. Enquanto sistema de armazenamento, a memória está programada para esquecer e não para lembrar, sendo que algumas memórias podem estar bem vincadas no nosso cérebro sendo recordadas através de certos gatilhos.

São precisamente esses “gatilhos” que muitos profissionais da área do marketing procuram encontrar para as suas marcas, de forma a conseguirem permanecer na memória dos consumidores.

Além disso, o estudo “Cracking the Memory Code” evidencia que os consumidores têm curiosidade em descobrir coisas novas, mas que também têm receio de algo “demasiado novo”, pelo que é exigido aos profissionais de marketing que inovem enquanto “permanecem na mesma”.

“As comunicações existem no limite entre serem instantaneamente ignoradas e absorvidas para sempre. Todos os que trabalham no marketing operam nesse limite. Não existe uma fórmula mágica para se vencer no marketing. Mas ao se compreender como funciona o marketing, está-se mais bem equipado para tomar decisões que terão um impacto maior onde interessa: nas mentes e no comportamento dos consumidores”, refere o relatório.

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