Marca Portugal com força e reputação “moderada”, segundo a OnStrategy
Os atributos com avaliações mais baixas e vulneráveis são os de ambiente político, governo e ética, segurança e apoio na saúde, relevância internacional, liderança e visão e ambiente económico.
A força e reputação da marca Portugal são avaliadas como “moderadas”, tanto pelo público interno como externo. Numa escala de 100 pontos, a marca Portugal regista uma avaliação moderada (62,6 pontos) junto do público interno, tendo registado uma subida de 0,1 pontos em relação a 2023, mas um decréscimo de 0,1 e de 0,7 pontos relação a 2022 e 2021, respetivamente.
Já junto do público externo, a avaliação da marca Portugal também “moderada”, sobe para 60,9 pontos, tendo registado uma evolução positiva e consistente ao longo dos últimos anos, nomeadamente de de 0,8 pontos em relação a 2023, 3,0 pontos em relação a 2022 e 3,9 pontos em relação a 2021.
Os dados são do estudo “Força e Reputação da marca Portugal”, desenvolvido pela consultora OnStrategy, tendo o trabalho de campo decorrido durante o primeiro semestre de 2024. O estudo foi realizado junto do público interno e externo do país (em 25 países), dividido em ‘cidadãos comuns’, estudantes, quadros empresariais, empresários, investidores, emigrantes e turistas.
“Em linhas gerais, os resultados consolidados de todos os atributos e de todos os stakeholders são em termos globais semelhantes e neste momento já não se verifica a evidência passada que apontava para dois países distintos numa perspetiva interna e numa perspetiva externa. A avaliação externa tende a aproximar-se da que se regista internamente, por via de uma tendência de quebra aos olhos internos e de crescimento do ponto de vista externo”, refere a consultora, em comunicado.
No panorama interno, a OnStrategy destaca os profissionais (0,4) e os investidores (0,3) enquanto stakeholders que dão continuidade a uma tendência de crescimento positiva. Por outro lado, emigrantes e cidadãos são os mais críticos em relação ao país, registando as avaliações mais baixas, enquanto os estudantes e os emigrantes são os que mostram uma tendência de retração (0,5 pontos e 0,3 pontos, respetivamente).
O estudo realça também o crescimento positivo dos atributos de exposição e comunicação internacional e de relevância internacional (que crescem 3,4 pontos e 2,4 pontos, respetivamente). Em tendência negativa surge a segurança e apoio na saúde (6,5 pontos), o estilo de vida e ambiente social (1,2 pontos), admiração (0,6 pontos), ambiente económico (0,5 pontos) e qualidade de produtos e serviços (0,3 pontos).
Entre os atributos avaliados, valores, cultura, tradições e beleza são os que recolhem melhor avaliação (ambos com 86,9 pontos), superando em cerca de 20 pontos o terceiro atributo melhor avaliado, que é estilo de vida e ambiente social, com 66,4 pontos.
Já os atributos com avaliações mais baixas e vulneráveis são os de ambiente político (42,9 pontos), governo e ética (47,1 pontos), segurança e apoio na saúde (47,3 pontos), relevância internacional (47,6 pontos), liderança e visão (48,0 pontos) e ambiente económico (51,4 pontos).
Já para o público externo, praticamente todos os stakeholders registam um crescimento na avaliação que fazem sobre o país – profissionais (1,7 pontos), turistas (1,3 pontos), investidores (1,0 pontos), estudantes (0,5 pontos) – sendo que apenas os cidadãos mostram uma retração na avaliação, numa diminuição em 0,4 pontos. Entre os stakeholders destacam-se os turistas, com uma avaliação de 65,2 pontos.
No que respeita aos atributos avaliados, os que recolhem melhor avaliação são a beleza (81,0 pontos), valores, cultura e tradições (79 pontos) e estilo de vida e ambiente social (73,6 pontos), surgindo depois a notoriedade e familiaridade (67,2 pontos). A análise destaca o crescimento positivo de atributos como exposição e comunicação internacional (em 5,9 pontos), relevância internacional (4,7 pontos), inovação e diferenciação (4,3 pontos).
Os atributos que registam avaliações mais baixas são os de relevância internacional (43,9 pontos), exposição e comunicação internacional (47,8 pontos), liderança e visão (52,2 pontos), inovação e diferenciação (54,1 pontos), ambiente económico (55,9 pontos), segurança e apoio na saúde (55,9 pontos), ambiente económico (57,7 pontos) e governo e ética (58,0 pontos).
Entre os países auditados, além de Portugal, encontra-se a Alemanha, França, Itália, Espanha, Polónia, Países Baixos, Grécia, Bélgica, Suécia, Austria, Dinamarca, Reino Unido, Suiça, China, India, EUA, Brasil, México, Japão, Africa do Sul, Argentina, Canadá, Angola, Moçambique e Emirados Árabes.
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