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Governo reage com “surpresa” à eleição de Arons Carvalho para Conselho Geral Independente da RTP

Lusa,

É uma surpresa porque a RTP "precisa de paz social e o conselho devia ser moderação e árbitro", disse Pedro Duarte, que espera que os "profissionais da RTP continuem imunes a partidarização".

O governo reagiu esta terça-feira com “surpresa” à eleição de Alberto Arons de Carvalho para o Conselho Geral Independente (CGI) da RTP, apontando que a RTP “precisa de paz social”.

Na audição no parlamento no âmbito do Orçamento do Estado para 2025, o ministro dos Assuntos Parlamentares foi questionado sobre a eleição de Alberto Arons de Carvalho para o CGI da RTP, à qual disse ter reagido com “surpresa”.

Pedro Duarte salientou que “o Governo não tem de se pronunciar sobre isso”, mas não deixou de “manifestar surpresa” porque este órgão “está sem presidente eleito há anos, não se percebe porquê de um momento para o outro, quando saiu Leonor Beleza, de repente internamente foi eleito um novo presidente“.

É uma surpresa porque a RTP “precisa de paz social e o conselho devia ser moderação e árbitro”, explicou. O órgão precisava de um perfil que deve “lutar por menos militantismo e mais moderação”, defendeu, reiterando que a RTP “deve olhar para mais modernidade e não ultraconservadorismo”.

Mesmo assim, assegurou que o Governo “trabalhará com a RTP” e espera que os “profissionais da RTP continuem imunes a partidarização”.

Alberto Arons de Carvalho foi eleito para o cargo esta segunda-feira, substituindo Leonor Beleza que renunciou ao cargo de presidente do CGI da RTP no dia 4 de novembro. “Renunciei à qualidade de membro do CGI por considerar que não devo manter-me como tal quando pertenço à direção de um partido político”, afirmou Leonor Beleza, na altura.

O novo presidente do Conselho Geral Independente da RTP integra este órgão desde 2020 e foi nomeado pelo Governo da altura. Atualmente com 74 anos, começou a carreira como jornalista, profissão que exerceu entre 1974 e 1976, e foi professor universitário. Entre 1995 e 2002 foi secretário de Estado da Comunicação Social e, durante 23 anos, deputado pelo PS. Foi ainda membro do Conselho de Imprensa, Conselho de Informação para a Imprensa, Conselho de Informação para a RDP e, entre 2011 e 2017, vice presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

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