“Banco de Fomento não foi uma instituição particularmente bem tratada”

Stephan de Morais, presidente da Associação Portuguesa de Capital de Risco e cofundador da Indico, revela que vai anunciar em breve o seu quinquagésimo investimento, na quinta empresa do Fundo VC2.

“A indefinição original da estratégia do Banco de Fomento” que “perdurou no tempo”, o facto de no setor privado ter havido “sempre uma certa falta de carinho pela instituição” e a falta de recursos são ingredientes que fazem com que o banco promocional português corra mal e não atinja os seus objetivos. A avaliação é de Stephan de Morais, presidente da Associação Portuguesa de Capital de Risco (APCRI), que antecipa que com a chegada da nova administração da instituição as coisas só podem melhorar.

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O que não correu bem nestes últimos anos foi alguns programas que não foram desenhados nas melhores práticas de mercado internacional. Não por má vontade, mas essencialmente por falta de conhecimento, falta de apoio e de recursos”, diz Stephan de Morais, no ECO dos Fundos, o podcast quinzenal do ECO sobre fundos europeus.

O responsável defende que as coisas não correram bem “não por falta de esforço das pessoas”, mas esta não foi “uma instituição particularmente bem tratada”. “É claro, que quando as instituições não são bem tratadas, depois também é fácil que corra mal e que as coisas não atinjam propriamente os seus objetivos”, frisa.

Enquanto fundador e administrador executivo da Indico Capital Partners, Stephan de Morais revelou que vão “anunciar em breve” o seu “quinquagésimo investimento, que é a quinta empresa do Fundo VC2, que é o quinto fundo”, a que chamaram VC2, “porque é a segunda geração de fundos da Índico”. Dos 50 milhões de euros que receberam do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) já investiram cerca de 20 milhões. “Não nos podemos queixar”, diz o responsável que, enquanto presidente da APCRI, tem a “grande batalha” de conseguir que “uma pequenina parte dos fundos sob gestão dos institucionais portugueses seja investida em capital de risco”. Se assim não for “Portugal não terá uma indústria capital de risco”, vaticinou.

Defende uma maior participação dos privados. Vê com bons olhos a sugestão do ministro da Economia de privatizar a Portugal Ventures ou que esta passe a funcionar num modelo em que o capital de risco público tem sempre de ser investido com capital privado?

Vamos separar as questões. A existência de capital privado no capital de risco tem a ver com o facto que os institucionais portugueses, e até mesmo uma Segurança Social, ou um fundo de pensões do Banco de Portugal, ou das seguradoras ou dos bancos raramente investirem nos fundos de capital de risco portugueses.

Essa é a sua grande batalha.

Essa é a grande batalha. Todos os ecossistemas de capital de investimento de todo o mundo civilizado estão baseados em capital privado institucional, que é perene. Há programas de investimento sistemáticos que beneficiam a economia e são benéficos para o capital privado, se não não investiam. Enquanto não se resolver esse problema, não haverá em Portugal uma indústria de capital de risco profissional, séria e madura, porque o país não pode estar sempre dependente de um programa de Bruxelas, do Banco Europeu de Investimento (BEI) ou dos governos que vão passando, todos com muito boa vontade. Na última década, todos os governos sucessivos têm tentado ajudar e apoiar a indústria de capital de risco, mas em geral intervindo com programas de investimento do lado do Estado. São necessários, mas quando não há matching do privado, são ineficientes. Ou quando os privados têm tantas regras que não conseguem investir.

Um problema diferente é a questão se deve ou não haver uma espécie de privatização da Portugal Ventures. Tem tido um papel fundamental, na última década, nomeadamente no que toca a startups e ao muito early stage. É óbvio que hoje existem fundos privados mais que suficientes para cobrir essa área. Talvez com a exceção do muito early stage, dos primeiros 50 a 100 mil euros, em que não é fácil, até pela falta de consistência, de número de business angels com capital e com track record para investir de forma profissional. Existem, mas não suficientes. Portanto, a Portugal Ventures terá um papel importante na base do ecossistema, mas já não tem um papel tão preponderante como tinha, há cinco ou dez anos, em realizar rondas de meio milhão, um milhão, porque o mercado já existe. Ou seja, o Estado aí já interveio. É uma equipa válida. Por exemplo, na área de fundos de fundos, dentro do Banco de Fomento, quem sabe de venture capital, é a equipa da Portugal Ventures.

É das pessoas que partilha da ideia de que precisamos de um banco de fomento?

É uma pergunta complicada. Portugal tem, em termos de sistema bancário, bancos suficientes e sofisticados, desde a Caixa Geral de Depósitos até todos os outros. Como intermediário financeiro entre os fundos externos e o mercado nacional não é necessário um banco de fomento. Um banco de fomento como financiador da economia, como canalizador de fundos específicos, que venham do BEI ou de outras instituições europeias, e de garantias pode ter um papel tal como têm noutros países, o KfW, o British Business Bank, o BPI France, o ICO. Essas figuras existem em todos os países. Há um papel a desempenhar, que não é feito de todo pela banca tradicional, e não deve ser, e que uma instituição do Estado faça esse desenho dos instrumentos e essa distribuição. Tem de ter, obviamente, os recursos humanos, a capacidade, o conhecimento e as parcerias internacionais para que o possa fazer em mercado, com conhecimento suficiente.

A Portugal Ventures terá um papel importante na base do ecossistema, mas já não tem um papel tão preponderante como tinha, há cinco ou dez anos, em realizar rondas de meio milhão, um milhão.

Do seu ponto de vista, o problema é falta de recursos humanos, falta de conhecimento? É isso que tem impedido o Banco de Fomento de ser aquilo que quem interage com ele gostaria que fosse?

A indefinição original da estratégia do Banco de Fomento perdurou no tempo. Da parte do setor privado, nota-se também que houve sempre uma certa falta de carinho pela instituição, dos pais da instituição, do Estado. Não creio que tenha sido uma instituição bem tratada particularmente. É claro que quando as instituições não são bem tratadas, depois também é fácil que corra mal e que as coisas não atinjam propriamente os seus objetivos. Não por falta de esforço das pessoas, internamente. Sinceramente, das várias administrações que fui conhecendo, todas se esforçaram por fazer o melhor possível. Mas é certo que o Banco Fomento tem poucos recursos, tem poucas pessoas, tem um conhecimento limitado dos diferentes setores, porque intervém em muitos setores muitíssimo específicos. Só capital de risco é uma indústria que engloba desde buyouts até reestruturações, growth equity, early stage venture capital, fundos de fundos, tudo isso em si próprio são mundos. Ou há recursos humanos suficientes e conhecedores do setor, ou então, se não há, têm de se apoiar muito nas parcerias com instituições internacionais que o façam e com instituições como a nossa e com estreita parceria com o setor privado, com os próprios recipientes dos financiamentos, para que os concursos e para que o dinheiro e o capital seja distribuído e seja aplicado em mercado. O que não correu bem nestes últimos anos foi alguns programas que não foram desenhados nas melhores práticas de mercado internacional. Não por má vontade, mas essencialmente por falta de conhecimento, falta de apoio e de recursos.

Sente que houve uma evolução positiva entre a administração de Beatriz Freitas e de Ana Carvalho, ou os problemas mantiveram-se?

Todas as administrações que conheci fizeram o melhor possível, tendo em consideração a especificidade do que tinham em mãos naquele momento, a relação com a tutela que tinham naquele momento, os instrumentos que tinham à mão. Claro, agora, nos últimos tempos lançaram-se — mas por acaso já tinham sido desenhados pela anterior administração — os programas Consolidar e de Venture Capital que fizeram com que muito capital chegasse a novos fundos. Isso é positivo. Demorou mais tempo do que devia? Demorou. Foi bem desenhado? Não foi. Há uma série de coisas a corrigir que tenho a certeza que o Banco de Fomento tem noção de que poderiam ter sido feitas de forma diferente.

Mas agora já é tarde.

Em última análise, o dinheiro está a chegar às empresas. Finalmente. Um dos grandes problemas é que o dinheiro não estava a chegar às empresas, porque primeiro tinha de chegar aos fundos que iam escolher as empresas. É assim que funciona o nosso mercado. Os bancos também existem para emprestar às pessoas. O dinheiro não vem diretamente do Estado para as pessoas comprarem casas, tem de passar por bancos. No caso das empresas, passa ou por bancos ou por fundos que depois o fazem chegar às empresas que fazem essa análise mais fina.

“Há uma série de coisas a corrigir que tenho a certeza que o Banco de Fomento tem noção de que poderiam ter sido feitas de forma diferente”, diz Stephan de Morais, CEO da Indico Capital Partners e presidente da Associação Portuguesa de Capital de Risco (APCRI), em entrevista ao podcast “ECO dos Fundos”Hugo Amaral/ECO

Está confiante que será possível fazer chegar a totalidade da dotação dos vários programas (Consolidar e Venture Capital) até ao final de 2025?

Estou convencido que, no que toca ao dinheiro que foi canalizado para fundos private equity e venture capital, o deployment está a ser feito de uma forma bastante acelerada. Os programas de investimento diretos não tenho a certeza e não tenho dados. Mas do que vemos dos nossos associados que receberam capital para os seus fundos, estão a conseguir, de forma geral, investir. Se vai ser tudo feito até fim de 2025? Não é certo. Não sabemos e espero que exista flexibilidade para que, se necessário, se prolongue o período de investimento. Dar períodos muito curtos de investimento não é boa prática. Obrigar as pessoas a fazer investimentos à força, rapidamente, costuma dar mau resultado. Às vezes, as circunstâncias assim o obrigam e, neste caso, aparentemente, foram questões de negociação com Bruxelas.

No âmbito da reprogramação do PRR, que está neste momento a ser feita, gostaria que o Governo também considerasse que, à semelhança do que vai propor à Comissão Europeia nas agendas mobilizadoras, também estes programas possam ser estendidos até 30 de junho de 2026?

Tudo o que sejam extensões do programa de investimento são positivas porque diminuem a pressão sobre o investimento, o que leva, em média, a que os investimentos sejam mais ponderados. A pressa é, normalmente, inimiga do bom resultado.

A escolha das capitais de risco para a operacionalização destes programas do Banco de Fomento foi alvo de duras críticas. Houve uma má escolha ou, simplesmente, como se escolheram capitais de risco não tão tradicionais isso incomodou alguns players do mercado?

Naturalmente, quem não é escolhido fica sempre chateado. No caso da Indico até fomos escolhidos. Não posso dizer mal do processo de escolha. Se calhar não havia outra forma. O problema tem duas razões. A génese, que é o facto de ter de ser tudo feito ao mesmo tempo. Um concurso público para selecionar o lançamento massivo de fundos com muito dinheiro. Não é assim que se deve fazer. Aliás, o Fundo Europeu de Investimento (FEI) que é, digamos, o gold standard em termos de capital público europeu para investir em fundos, não faz consultas públicas estilo “venham todos a concurso e vão todos ao mesmo tempo investir”. Vão investindo. Todos os anos têm dinheiro e todos os anos vão selecionando. Não é um concurso. Vão analisando as oportunidades de investimento e demora o tempo que demorar. Normalmente demora até bastante tempo. Os fundos vão passando de fase e vão conseguindo, ou não, e vão ficando pelo caminho. Isso é mais normal e é o que faz qualquer fundo de pensões internacional. Mas, aparentemente, isso era inevitável tendo em conta o PRR.

O segundo problema tem a ver com os critérios de escolha. E aí, efetivamente, poder-se-ia ver como é que faz o fundo ICO, o KfW, o FEI. Existiam muitos exemplos de como olhar para um fundo, do que se deve perguntar. E isso não foi feito. Foram feitas uma série de perguntas com umas pontuações, bem ao estilo do funcionalismo público, de concurso público. E essas pontuações depois são relativas. É o que é. Conta mais a letra do que propriamente o espírito da coisa. E não é assim que o setor funciona. Em todo o caso, as perguntas deviam ter sido outras. Quem ganhou ficou contente. Quem perdeu ficou descontente e acha que é injusto. Era inevitável. Espero que o futuro seja feito como faz o Fundo Europeu de Investimento e outros investidores profissionais da área de fundo de fundos: é um processo que não tem pontuações, não é um concurso público, mas é um processo em que se percebe se as sociedades gestoras, nas quais aquele fundo de fundos vai investir, têm track record ou se não têm, porque é que vão ser um player relevante. Se tem a equipa certa, se têm mercado, se vão conseguir obter capital. Até o facto de se pedir à cabeça qual é o capital que está assegurado pelos privados. Ninguém tem capital assegurado pelos privados quando o fundo não existe e não se sabe se vai existir. As perguntas foram feitas um bocadinho ao contrário, seguramente com a melhor das intenções, mas não há dúvida que muitas sociedades gestoras ficaram desagradadas pelo processo. Os que não ganharam ficaram piores ainda.

A indefinição original da estratégia do Banco de Fomento perdurou no tempo. Da parte do setor privado, nota-se também que houve sempre uma certa falta de carinho pela instituição. Não creio que tenha sido uma instituição bem tratada particularmente.

Esse levantar de capital junto dos privados está a ser mais complicado do que se antecipava?

Não. Está a ser igualmente complicado e impossível. As sociedades de capital de risco de Espanha levantam uma grande parte do seu capital em Espanha e depois, às vezes, as muito boas conseguem levantar no estrangeiro. E os alemães fazem a mesma coisa. Os ingleses, os franceses e por aí fora. Os portugueses não têm onde levantar dinheiro privado em Portugal, a não ser quando aparece o Sifide, o Golden Visa, etc. Tudo instrumentos muito imperfeitos e com amarras. Enquanto não se resolver o problema de incentivar a sério a que uma pequenina parte dos fundos sob gestão dos institucionais portugueses, como se está a fazer em Inglaterra, em Itália e na Alemanha, em que vai passar a ser altamente incentivado, se não obrigado, a que uma parte pequenina dos seus ativos sob gestão, que não lhes vai alterar minimamente os resultados finais do ano dos seus fundos de fundos, que seja investido nesta área, obviamente, Portugal não terá uma indústria capital de risco.

Não é arriscado, por exemplo, um fundo de pensões investir em capital de risco?

Se investir 1% é muito arriscado? E os outros 99% em Obrigações do Tesouro? Não é muito arriscado. Teoricamente, se escolherem bem, vão escolher fundos bons que dão boas rentabilidades, que vão diferenciar os resultados pela positiva.

E se correr mal?

Se correr mal, escolheram mal e têm de continuar a investir até encontrar algo melhor. Por alguma razão, os Estados Unidos, os melhores fundos de investimento, aliás os fundos de investimento das universidades de Harvard, Princeton, Yale, dedicam até 20% dos seus fundos das universidades a capital de risco. São milhares de milhões, são bem maiores que os fundos de pensões portugueses. Às vezes, uma grande parte a venture capital e têm resultados fabulosos. O problema não é o risco. Aliás, este nome capital de risco, na associação estamos a pensar tentar mudar o nome para capital de investimento, porque sinceramente, só a palavra risco já assusta. Isto faz parte do tal conservadorismo europeu que nos leva a estar a 30% de distância dos Estados Unidos. Se continuarmos assim, a ter medo da sombra, é que nem 1% estamos dispostos a arriscar. Obviamente, vamos ser cada vez mais pobres e vamos ter cada vez mais problemas sociais e não haverá mercado de capitais e não haverá bons empregos e por aí fora. Parte dos decisores políticos e dos decisores financeiros deste país, e que controlam o capital, de uma vez por todas, darem uma hipótese a que as empresas portuguesas cresçam e que tenham capital suficiente para alcançar outro patamar.

O problema não é o risco. Aliás, este nome capital de risco, na associação estamos a pensar tentar mudar o nome para capital de investimento, porque sinceramente, só a palavra risco já assusta.

A Indico é uma das empresas selecionadas para os programas do Banco de Fomento, nomeadamente ao nível do Venture Capital. Optou por não ir ao Consolidar ou não foi escolhido?

É uma história complexa. Na altura, o Banco de Fomento pediu-nos para irmos ao Consolidar. Dissemos que achávamos que não fazia sentido concorrermos ao Consolidar. Houve uma insistência que fossemos e depois foi-nos dito que afinal, realmente, não era apropriado para nós. Enfim… Ficámos a conhecer o processo. Realmente não era apropriado para nós. Na altura havia talvez uma dúvida de quantas sociedades gestoras iriam. Incentivaram que toda a gente concorresse. Depois candidatámo-nos verdadeiramente ao Venture Capital, que é a nossa praia. E aí ficámos muito bem classificados.

E têm 50 milhões do Fundos de Capitalização e Resiliência (FdCR) para investir. Em que pé vai a utilização dessa dotação?

Vamos quase nos 20 milhões já investidos ao fim do primeiro ano, com cinco empresas. Aliás, vamos anunciar em breve o nosso quinquagésimo investimento, que é a quinta empresa do Fundo VC2, que é o nosso quinto fundo, mas chamamos-lhe VC2, porque é a segunda geração de fundos da Índico. Não nos podemos queixar. Temos 20 e poucos por cento apenas de fundos Sifide, que estão praticamente todos executados. Não nos foi difícil, de todo, encontrar oportunidades de investimento certificadas pela ANI e utilizar o capital dessa forma. Agora, a vasta maioria do capital, não é Sifide, não tem essas amarras, temos uma vantagem competitiva enorme, porque quando vamos investir nas empresas, não temos a amarra de obrigar as empresas a que aquele capital tem de ser todo em investigação e desenvolvimento, porque as empresas precisam de outro tipo de capital.

Porque investiram em duas empresas em Berlim, La Valletta e depois em Portugal, sendo que as que são fora não são financiadas pelo FdCR?

Na realidade é a mesma empresa. Uma era Lisboa e La Valletta e outra Porto e Berlim. Ou a mãe está em Portugal e a subsidiária está fora, ou o contrário. Acontecem as duas coisas. A nossa estratégia de investimento, neste momento, tem a ver com Portugal, Espanha e Itália e a diáspora destes países. Recebemos dezenas de emails todos os dias e de pedidos de investimento de todo o mundo. Se não diz +351, +39 ou +34 basicamente apagamos. Ou se a pessoa não tem um nome português, espanhol, italiano. É a forma de destrinçar. Investimos na sociedade portuguesa e depois fazemos o roll up para a sociedade internacional ou o contrário. Eventualmente consolidamos a posição toda numa das sociedades, na mãe. Mas, ao início, temos de investir na sociedade portuguesa.

Está expectante com a nova administração do Banco de Fomento que entrará em funções no próximo ano?

Tenho a certeza que, com a experiência adquirida no passado pelas anteriores administrações e pelas equipas que vão ficando no banco — há pessoas que saem, mas há pessoas que ficam — que só pode melhorar. Tenha a certeza que esta nova administração, pelo menos pela reputação que tem no mercado, fará o seu melhor para estar ainda mais perto do mercado, ouvir, fazer parcerias com o Fundo Europeu de Investimento, com a APCRI, com todos os players do setor na Europa, para que possam lançar produtos que são adequados e trabalhar de muito perto com o Governo em estreita parceria e colaboração para que o capital chegue às empresas portuguesas.

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