Indústria de relações públicas antecipa crescimento em 2025
Mais de dois terços dos membros da International Public Relations Network antecipam crescimento nos seus negócios este ano, enquanto 28% esperam estabilidade. Apenas 3% preveem declínio.
Apesar da incerteza económica a nível global, com o aumento do custo de vida, os rápidos avanços tecnológicos e os impactos dos conflitos geopolíticos, a indústria de relações públicas (RP) mostra sinais de resiliência, antecipando inclusive crescimento para este ano.
A perspetiva do setor para 2025 é maioritariamente otimista, com 69% dos membros da International Public Relations Network (IPRN) a anteciparem crescimento nos seus negócios, enquanto 28% esperam estabilidade. Apenas uma pequena fração, na ordem dos 3%, prevê um declínio.
O estudo — que incluiu respostas de agências da África do Sul, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, República Checa, Dinamarca, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Luxemburgo, Países Baixos, Polónia, Portugal, Porto Rico, Espanha, Suécia, Reino Unido e EUA — mostra ainda que a comunicação estratégica e consultoria em RP são as áreas mais promissoras para expansão, citadas por 25% dos inquiridos.
A gestão de crises e mudanças segue de perto, reconhecida por 21% como uma disciplina crucial aos dias de hoje, à frente da comunicação em digital e redes sociais e relações com os media, ambos com 13%. A quinta área mais referida foi a de estratégia digital (7%).
Já a tecnologia surge como o setor líder para o crescimento de RP, com 20% das agências a identificá-la como o campo mais promissor. Entre os outros setores com potencial de expansão são mais citados os da energia e serviços públicos (14%), governo e setor público (13%), saúde e bem-estar (9%) e bens de consumo e alimentação & bebidas (7%).
A criatividade é a área que ocupa o topo das prioridades de investimento, com 16% das agências a priorizá-la para diferenciar os seus serviços. No entanto, a criatividade é seguida de perto por outras áreas de investimento, como comunicação e marketing internos (15%), formação e retenção de talento (15%), produção de conteúdo multimédia (14%), tecnologia e produção digital (12%) e ferramentas de gestão (12%).
Já em termos de desafios que se apresentam à indústria, a incerteza económica e a hesitação dos clientes em investir é visto como o problema mais urgente, ao ser destacado por 29% das agências. Outros desafios incluem a implementação de novas tecnologias (23%), retenção e atração de talento (17%) e o impacto da inflação e aumento das taxas de juros (10%).
A reputação corporativa (22%) e a comunicação ESG (21%) estão também a ganhar destaque como elementos prioritários na construção de confiança e credibilidade da marca, mas também as estratégias de comunicação integrada (19%) e o PR de marca (17%) se destacam como abordagens essenciais para fortalecer o posicionamento em 2025, segundo as agências inquiridas.
O estudo vem assim reafirmar assim “a força e a adaptabilidade do setor de relações públicas”, entende Rodrigo Viana de Freitas, presidente da IPRN. “Apesar das incertezas globais contínuas, as agências de RP continuam a construir e a manter relações fortes e confiáveis com os seus clientes. Esta resiliência reforça o papel crucial do setor orientado para a gestão de crise e da mudança, ao mesmo tempo que entrega valor estratégico“, diz, citado em comunicado.
“À medida que as empresas navegam por um ambiente cada vez mais complexo, os profissionais de RP nunca foram tão essenciais. Desde a gestão de reputação à transformação digital e estratégias de ESG, a nossa indústria está a demonstrar uma agilidade ímpar. A pesquisa deste ano destaca que inovação, adaptabilidade e confiança são os pilares centrais que moldam o futuro das relações públicas”, acrescenta.
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